O QUE FAZER COM UM SORRISO? – RABINO KALMAN PACKOUZ

291_história_1_1A vida é como um espelho. As pessoas que encontramos refletem a maneira como nos apresentamos a elas. Se parecemos felizes, elas responderão com alegria. Se parecemos chateados, serão cautelosas ou demonstrarão preocupação.


Certa vez voltei de uma reunião e encontrei a fiscal (equivalente ao ‘marronzinho’ de S. Paulo) escrevendo uma multa para o meu carro. Quando ela olhou para mim, eu sorri e disse: “Este é o meu carro. Quando a senhora acabar de escrever a multa, pode me entregar”. Ela olhou completamente estarrecida e perguntou incrédula: “O senhor não vai gritar comigo por multá-lo?” “Não”, respondi. “Pensei que havia colocado moedas suficientes no parquímetro e me enganei. Passei do prazo permitido para estacionar e mereço a multa”. Ela ficou parada, em descrédito – e então rasgou a multa, dizendo: “O dia inteiro as pessoas berram e gritam comigo para não fazer a multa. Não posso multar alguém que me trata como um ser humano”.

A vida é como um espelho. As pessoas que encontramos refletem a maneira como nos apresentamos a elas. Se parecemos felizes, elas responderão com alegria. Se parecemos chateados, serão cautelosas ou demonstrarão preocupação. Ao desejarmos uma vida alegre, tentemos estar felizes em meio às outras pessoas. Assim será mais fácil para elas e mais agradável para nós. (Lembre-se: todos proporcionam alegria: alguns quando chegam e outros quando saem).

A Torá nos ensina: “Ame o próximo como a si mesmo (Levíticus 19:18)”. Este versículo é frequentemente traduzido como “Ame o seu vizinho como a si mesmo”. Entretanto, o Rabino Mordehai Gifter (EUA, 1915-1991), ex-diretor da Yeshivá de Cleveland, Ohio, ensinou que embora as palavras ‘vizinho’ e ‘próximo’ muitas vezes sejam utilizadas como sinônimos em nosso dia a dia, a palavra ‘vizinho’ é usada com a conotação de moradia ou alguém localizado nas proximidades, enquanto a obrigação deste mandamento da Torá inclui mesmo aquele que nos seja completamente estranho e que viva longe.

A regra geral para este mandamento é que tudo o que desejaríamos que os outros nos fizessem, devemos fazer para os outros (Rambam [Maimônides] em seu livro Mishnê Torá, Leis de Luto, 14:1). O grande Sábio Hilel certa vez ensinou: “Aquilo que você odeia, não faça para os outros. Esta é a base da Torá (Talmud Shabat 31a). O Baal Shem Tov (Rabino Israel ben Eliezer, Ucrânia, 1698-1760) costumava dizer: “Ame o próximo como a si mesmo – embora você tenha muitos defeitos, mesmo assim você se ama. Assim é que devemos nos sentir em relação aos nossos amigos: apesar de suas falhas, ame-os”.

Certa vez vi um quadro afixado na parede do apartamento de uma senhora de 90 anos. Pensei em compartilhá-lo com vocês, queridos leitores:


U M  S O R R I S O

Um sorriso não custa nada … mas proporciona muito. Ele enriquece os que o recebem sem deixar mais pobres os que o oferecem. Por outro lado, a lembrança de um sorriso muitas vezes dura para sempre.

Um sorriso cria alegria no lar, promove a boa vontade nos negócios … e é a confirmação e ratificação de uma amizade. Ele proporciona alívio aos que estão cansados ou esgotados, ânimo aos desencorajados, raios de sol a quem está triste. É o maior antídoto natural para os problemas da vida.

Um sorriso não pode ser comprado, implorado, emprestado ou roubado. É algo sem valor até que seja entregue por seu dono. Muitas pessoas estão muito cansadas para nos dar um sorriso. Sejamos, então, os primeiros a sorrir. Não há quem precise mais de um sorriso do que aqueles que não têm um sorriso para dar.


Pensamento: “Palavras agradáveis podem ser curtas e fáceis de falar. Mas seus ecos não têm fim!


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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