LIVROS – ‘O LEGAL DA FILANTROPIA’,”O OLHAR ENIGMÁTICO DE MOACYR SCLIAR”, E “O ETERNO RETORNO”

‘O LEGAL DA FILANTROPIA’, DAS ADVOGADAS MÁRCIA SETTI E PRISCILA PASQUALIN

345_fique_2_1Com prefácio de Elie Horn, grande filantropo brasileiro e um dos fundadores do Movimento Bem Maior, o livro ‘O Legal da Filantropia’, das advogadas Márcia Setti e Priscila Pasqualin, sócias do PLKC Advogados, é sobre planejamento e governança jurídica dos empreendimentos, com uma análise da legislação que cerca o tema numa linguagem acessível, sem “juridiquês”. Além de explicar o uso e criação dos endowments, a obra introduz o conceito de governança jurídica nos investimentos filantrópicos.


“O OLHAR ENIGMÁTICO DE MOACYR SCLIAR”, DE LYSLEI NASCIMENTO E MARIA ZILDA FERREIRA CURY

345_fique_2_2Coletânea organizada por professoras da UFMG mostra a obra multifacetada de Moacyr Scliar, marcada pela tradição judaica, pela memória e pelo humor fino

Scliar: reflexões sobre ética e intolerânciaScliar: reflexões sobre ética e intolerância – Companhia das Letras

Em 2017, quando teria feito 80 anos, o gaúcho Moacyr Scliar (1937-2011), médico, professor, autor de romances, contos, ensaios e histórias infantojuvenis, foi tema de seminário realizado na Faculdade de Letras (Fale) da UFMG. A visão de pesquisadores da UFMG e de outras instituições sobre a obra do autor, compartilhada naquele evento, é revelada agora no livro O olhar enigmático de Moacyr Scliar (Quixote+Do), organizado pelas professoras Lyslei Nascimento e Maria Zilda Ferreira Cury.

Como escreve Maria Zilda no prefácio, os ensaios enfocam “o cronista corajoso, o romancista dos imigrantes, o leitor irreverente das tradições literária e bíblica, o memorialista, o humorista fino, o manejador sofisticado da língua, o escritor amoroso e compassivo, de olhar terno na direção dos mais humildes e dos marginalizados”.

De acordo com Lyslei Nascimento, Scliar inscreve-se na literatura brasileira imprimindo traços da medicina e do diálogo com clássicos como Machado de Assis e José de Alencar. “A tradição judaica é outro aporte sofisticado e importante em sua obra. Ele tanto se apropria e reescreve temas bíblicos e religiosos quanto visita aspectos caros à condição judaica, como a imigração e o antissemitismo, que se traduzem em racismo e intolerância religiosa”, explica a professora.

Moacyr Scliar conversa também, segundo Lyslei, com escritores como Franz Kafka, Saul Below e Clarice Lispector. Dialoga com a obra do crítico literário Harold Bloom – que inspirou o romance A mulher que escreveu a Bíblia – e com a do pintor Marc Chagall. “As referências à obra de Chagall são explícitas em vários textos e aparecem, de forma implícita, em personagens e cenários.”

Além dos professores da UFMG, a coletânea conta com a colaboração de pesquisadores da USP, da Unicamp, das universidades federais Fluminense, do Rio Grande do Sul e de Uberlândia. Eles tratam de assuntos diversos como imigrantes e indígenas, utopias políticas e entrelaçamento narrativo.

Livro: O olhar enigmático de Moacyr Scliar
Organizadoras: Lyslei Nascimento e Maria Zilda Ferreira Cury
Editora: Quixote+Do, com apoio do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários e do Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG – 277 páginas / R$ 35

Saiba mais: https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/boletim/edicao/2078/sofisticado-e-irreverente


“O ETERNO RETORNO” DE SAMIR YAZBEK

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Já está à venda nas livrarias o livro “O Eterno Retorno”, texto da peça teatral de Samir Yazbek, publicado pela É Realizações.

A obra, indicada ao Prêmio Aplauso Brasil 2018, na categoria Dramaturgia, traz ao público a versão final do texto dirigido por Sérgio Ferrara, em 2018, no Sesc 24 de Maio, integrando o projeto Samir Yazbek – Textos Inéditos.

A edição ainda apresenta trechos de críticas e comentários de nomes como Aimar Labaki, Fábio de Souza Andrade, Marcos Damaceno, Maria Silvia Betti e Ugo Giorgetti, entre outros.

Sinopse: Por meio de um ator, de seu produtor e de sua namorada, além de figuras do imaginário desse ator, como sua mãe e seu primeiro diretor, “O Eterno Retorno” radiografa como a indústria cultural, com suas estratégias de valorização da imagem, formata o modo de vida da sociedade contemporânea. A peça mostra como oscilamos entre aderir a essas estratégias e recusá-las, concentrando na perspectiva do ator a angústia que tem sido a de muitos de nós. Nos interstícios dessa radiografia, “O Eterno Retorno” investiga em que medida ainda há espaço para os sonhos e os afetos dos indivíduos.

Breve biografia de Samir Yazbek

345_fique_2_4Samir Yazbek é dramaturgo. Nasceu em São Paulo em 7 de setembro de 1967. Mestre em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (2017). Consolidou sua formação teatral e dramatúrgica com o diretor Antunes Filho, no CPT – Centro de Pesquisa Teatral do Serviço Social do Comércio, em São Paulo (1997).

Escreveu “O Fingidor” (Prêmio Shell 1999 de melhor autor, Prêmio Bravo! aos melhores da década e Prêmio PNBE – Programa Nacional Biblioteca da Escola do Ministério da Educação), “As Folhas do Cedro” (Prêmio APCA 2010 de melhor autor), “A Terra Prometida” (entre os 10 melhores espetáculos de 2002, segundo O Globo), “A Entrevista” (Lígia Cortez indicada ao Prêmio Shell 2004 de melhor atriz), “O Eterno Retorno” (indicada ao Prêmio Aplauso Brasil 2018, na categoria Dramaturgia) e “Frank-¹” (integrando o projeto Imersão Samir Yazbek, uma homenagem do Sesc SP ao autor, que reuniu outras peças de seu repertório, em 2013), entre outras. Recebeu também o Prêmio Fepama de melhor ator por “Uma Família à Procura de Um Autor” (1988) e foi homenageado pela Unicamp no Programa do Artista Residente (2007).

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