O PODER FEMININO NA ÚLTIMA ELEIÇÃO DO CONSELHO – POR GLORINHA COHEN

Em campanha solo ou em grupo, as candidatas a uma vaga do Conselho Deliberativo da Hebraica de São Paulo fizeram bonito na última eleição e não deixaram por menos: todas conseguiram se eleger.

São elas: Silvia Luisa Tabacow Hidal, Graziela Zlotnik Chehaibar, Joana Servos Tabacow Hidal, Helena Zukerman Borrotchin, Stefanie Stern, Roza Erika Klar (Rosita), Gabriela Veronica Parczew, Alzira Mizrahi Goldberg, Simone Arbaitman, Isabel Ribeiro de Almeida Cohn, Eva Zimerman, Giselle Levy, Rosalyn Moscovici, Carla Rosenthal Gil, Flavia Altman Charatz, Anita Rapoport, Andrea Waisenberg, Bety Cubric Lindenbojm, Anita Gotlib Nisenbaum, Iara Marcia de Aizenstein, Daniela Stiefelmann Josua, Lucia Felmanas Akerman, Muriel Waldman, Poliana Scarcelli Herszkowicz, Vanessa Okrent e Lucia Josua.

Saiba o que pensam e o que farão algumas delas em prol do associado, lendo os depoimentos abaixo.


SILVIA LUISA TABACOW HIDAL

346_hebraica_5_1Formada em Farmacêutica Bioquímica pela USP, Silvia Luisa T. Hidal foi a primeira colocada com 755 votos e esta é sua sexta eleição ao Conselho da Hebraica. Desde os 18 anos atuando como voluntária em várias áreas da comunidade, Silvia já foi presidente da delegação brasileira CBM, presidente da delegação brasileira nos jogos macabeus na Austrália, diretora de Segurança nos jogos Macabeus Pan Americanos em São Paulo, e é conselheira na Chevra Kadisha.

Ela é mestre em mediação pela IUKB da Universidade de Genebra, mediadora judicial com atuação no TJSP, no MP e instrutora e supervisora do CNJ de mediação judicial. Também trabalha com resolução consensual de conflitos coletivos envolvendo políticas públicas, como por exemplo, disputas de terras entre comunidades e várias partes, tendo sido instrutora em 2014 dos dois primeiros cursos de resolução consensual para o Brasil inteiro nesta área. Em 2016 publicou um livro sobre este assunto. Em 2018 fiz o curso especializado nesta área em Harvard com a equipe que atuou no caso de 9/11 no WTC.

“Desde a primeira vez que me candidatei em 1999, o meu objetivo foi de ajudar e colaborar com a Hebraica, que considero minha segunda casa e que frequento desde 1960. Fiz parte da diretoria esportiva, onde ocupei vários cargos. Na minha gestão como diretora de Ginástica Artística, foi construído o ginásio da Ginástica Artística, um dos ginásios mais modernos e bem equipados do Brasil. Na Mesa do Conselho já fui secretária, assessora e vice-presidente. Como conselheira fiz parte de várias comissões, entre elas a de Esporte e a de Obras, na qual atuo atualmente, nos projetos de acessibilidade às pessoas idosas e às pessoas com deficiências físicas.

Não é a primeira vez que fiquei com o primeiro lugar. Nas demais 4 eleições fiquei entre as primeiras colocadas também. Isto demonstra a confiança que os associados têm em mim. Isto se traduz para mim como muita responsabilidade frente à nossa instituição, à comunidade e ao associado. E a estratégia para obter esta vitória é trabalho, honestidade, colaboração e especialmente ouvir e acolher o associado, sempre em benefício da nossa entidade e comunidade que amo de paixão.

A nossa comunidade, assim como a sociedade como um todo, está envelhecendo. Faço um trabalho de mediação no Ministério Público com pessoas de idade e pessoas com deficiências em risco. Tive a oportunidade de participar em 2019 de um curso da Escola Paulista de Magistratura voltado para o atendimento deste segmento da nossa população e já estou aplicando o conhecimento na área de acessibilidade e comunicação com o associado”.


JOANA S. TABACOW HIDAL

346_hebraica_5_2Esta é a segunda vez que Joana Hidal concorre a uma vaga no Conselho, garantindo o terceiro lugar.

Formada em relações internacionais, com especialização em mediação de conflitos, em 2014 ela foi fellow da Fundação Arymax, o que ajudou a aproximar seus sonhos de atuar integrando culturas e comunidades, conjuntamente com a inovação. Conseguiu formações nas áreas de empreendedorismo social, inovação e negócios de impacto social e, com isto, atuou junto a grupos como os Jovens Pela Paz, formado por cristãos, judeus e muçulmanos, além de movimentos juvenis da coletividade, startups e também com a rede de empreendedores da Ashoka.

Foi diretora geral da Associação Jewish IN, idealizou e montou o time de handebol feminino adulto na Hebraica em 2012, com as amigas Renata Plapler e a Ionah Naslauski Bacht, sendo campeãs invictas da Liga Paulista. Também montou um time de polo aquático feminino adulto, aliás, o primeiro time feminino adulto de polo aquático do Brasil a competir na Macabíada Mundial. Esse time durou até o início de 2015.

“Atuando no clube, eu crio e fortaleço vínculos, tenho a oportunidade de compartilhar conhecimentos, de aprender ainda mais e de me sentir útil para o grupo ao qual eu pertenço. Creio que, por circular em muitos meios (empreendedorismo social, inovação, sustentabilidade), eu consigo trazer novos olhares e tendências para a Hebraica. Busco criar ambientes para que trocas e inspirações em realidades distintas possam ocorrer.

Essa vitória, antes de qualquer coisa foi muito gratificante e representa uma grande responsabilidade. Mostra que os sócios acreditam e querem ser representados também por jovens, e espero que minha eleição seja um estímulo para que outros sócios na minha faixa-etária e mais novos se candidatem. Além disso, acredito que esse reconhecimento seja também resultado de um legado – tanto do trabalho que eu venho desenvolvendo nas equipes nas quais me envolvi desde 2012, quanto do que minha mãe, Silvia, e minha família já fizeram pela comunidade. Também significa que as pessoas que votaram acreditam no potencial das mulheres – afinal, os primeiros cinco conselheiros mais votados foram do sexo feminino.

Especificamente no meu caso, acredito que seja um reflexo dos trabalhos comunitários que venho desenvolvendo em conjunto com pessoas incríveis e as pontes que eu venho buscando construir entre o conselho e os jovens da Hebraica. Também significa que as pessoas estão acreditando e apostando em mim. Minha estratégia foi baseada no relacionamento que desenvolvi com os sócios e com os outros candidatos, além de falar com eles tanto sobre o trabalho e propósito deles quanto o meu no clube.

Nesse momento, atuo junto a duas diretorias: a de Estudos Estratégicos e Inovação e a de Sustentabilidade. Entendo que vivemos em um mundo que está mudando rapidamente, portanto, é muito difícil prever os cenários futuros, e isso inclui o clube. Por isso, acredito na importância de conseguirmos construir um planejamento estratégico que ajude todos os funcionários e voluntários a trabalhar pelo clube de forma ainda melhor. Portanto, gostaria de poder continuar fazendo esses trabalhos, trazendo expertise, ouvindo os sócios e buscando envolver os jovens, pois acredito que a relação intergeracional seja essencial para a inovação e a longevidade do clube”.


STEFANIE STERN

346_hebraica_5_3A carioca Stefanie Stern, eleita em quinto lugar, participa pela segunda vez do Conselho da Hebraica. Jogou vôlei na Hebraica-Rio, foi madrichá da Chazit carioca e foram as eleições da Hebraica paulista que lhe deram oportunidade de retornar ao trabalho comunitário. Atualmente representa o clube no grupo ELF (liderança feminina) da FISESP.

É engenheira civil pela UFRJ, mestre em administração de empresas pela Coppead-UFRJ concluído na ESSEC-Paris e teve uma carreira executiva em finanças corporativas. Atua como consultora, professora da FGV e desenvolve um blog chamado “Finanças por Mulheres”.

“Entendo que esta vitória seja como reconhecimento dos sócios pelo trabalho que fiz no primeiro mandato, quando assumi a Coordenação do comitê de Administração e Finanças por 2 anos. Em seguida, a pedido do presidente Daniel Bialski, estruturei a Diretoria de Estudos Estratégicos, onde buscamos conversar com o sócio, entender suas demandas e criar soluções. Também participo da comissão de reforma estatutária buscando modernizar para atender os desafios do futuro”.

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