A HISTÓRICA JAFFA EM ISRAEL – POR FELIPE DAIELLO
Ruas pietonáveis conduzem à um parque com excelente vista para o porto, para o Mediterrâneo e para distante Tel Aviv e suas praias. Vamos passar pela arena de Jaffa, pelo museu da cidade e passar pelo Portal da Fé.
Partindo de Tel Aviv pela via costeira, depois de 10 balneários e de passar pelo Museu Etzel prédio de arquitetura moderna, a Torre do Relógio indica que chegamos à antiga Jaffa dos templos bíblicos.
A Mesquita Mahmudyeh recorda os tempos do Império Otomano o que se reflete nos aspectos do atual bairro de Tel Aviv, com suas ruelas estreitas e prédios centenários surgindo nas fotos.
Antigo porto fenício; circular pelos ancoradouros lembra séculos passados quando embarcações traziam toros de cedro do Líbano para a construção do Templo de Salomão, prédio destruído mais tarde pelos assírios invasores. Aqui no século XII os templários aportaram para iniciar a conquista de Jerusalém e de fundarem o primeiro Reino Cristão na Terra Santa.
Escultura em bronze de Ilona Goor, ao lado do farol, mostra a baleia que engole Jonas quando em viagem para doutrinar gentios nas terras do atual Iraque. A escultora é conhecida no mundo pelas suas cegonhas e pelos seus cavalos com crinas ao vento. Vale visitar o seu ateliê.
Em vetusta residência de família armênia, edificada sobre fundações milenares, segundo relatos bíblicos era a casa de Simão o curtidor de peles, local onde Pedro, o futuro apostolo de Cristo obteve hospedagem e realizado milagre na cura de uma enferma. Aqui ele teve a visão dos animais impuros que seriam proibidos à mesa dos israelenses.
Na Igreja católica de São Pedro, após subirmos íngremes degraus, nas pinturas e nos frescos espalhados pelas paredes todas as informações escutadas surgem em cores para o nosso espanto. As imagens retratam com fidelidade os que escutamos como mitos
Napoleão Bonaparte na sua expedição ao Oriente Médio e ao Egito toma o controle da cidade em 1799, derrotado em batalha terrestre pelo exército mameluco quando rumava para o Líbano e depois do desastre naval de Abukir perto de Alexandria, onde aparece a figura do Almirante Inglês Nelson, permanente empecilho nos seus projetos de aniquilar a Grã-Bretanha, abandona seus planos de expandir os interesses da França para fronteiras distantes.
Não esquecer Alexandre o Magno que teria passado por aqui quando vai conquistar o Egito Mesmo deletadas pelo tempo e pelos ventos, traços de pessoas importantes surgem nos relatos, nos boatos e por indicações gravadas nas pedras e nas memórias dos nativos. A tradição oral cria mitos. A mitologia grega é mencionada pela Pedra de Afrodite outro marco local.
Perto do velho cemitério judeu uma infinidade de igrejas cristãs, todos os credos, apontam suas agulhas para os céus, estamos no quarteirão maronita.
Ruas pietonáveis conduzem à um parque com excelente vista para o porto, para o Mediterrâneo e para distante Tel Aviv e suas praias. Vamos passar pela arena de Jaffa, pelo museu da cidade e passar pelo Portal da Fé. Depois o programa vai nos levar para os tradicionais mercados e souks, como o mercado grego, o bazar oriental e o mercado de pulgas. Temos muito para bisbilhotar antes de retornar para a moderna Tel Aviv..
FELIPE DAIELLO – Professor, empresário e escritor, é autor de inúmeros livros, dentre os quais “Palavras ao Vento” e ” A Viagem dos Bichos” – Editora AGE – Saiba mais.