FERNANDO ROSENTHAL, SECRETÁRIO GERAL – POR GLORINHA COHEN

O trabalho voluntário me traz muita satisfação, pois ajudo o próximo sem nada em troca. Isso me conforta muito e me faz enxergar nossa importância dentro da comunidade.

Indicado como o candidato da diretoria para a Presidência nas próximas eleições, o advogado Fernando Rosenthal, atual Secretário Geral da Hebraica de São Paulo, tem muito a oferecer ao clube do qual é voluntário há bastante tempo. E isto inegavelmente o gabarita para exercer o honroso cargo.

Nascido em São Paulo em 1972 – foi um dos primeiros bebes a nascer na maternidade do Hospital Albert Einstein -, casado com Juliana, pai do Bernardo de 17 anos e da Manuela de 15 anos e profundo conhecedor do dia a dia do clube, ele é Conselheiro já há algum tempo, tendo começado na comissão de sindicância e disciplina e chegado a ser secretário da mesa do Conselho. Também foi Diretor Jurídico da Federação Israelita do Estado de São Paulo e hoje em dia faz parte do jurídico voluntário da Federação e Conib, além de participar da Diretoria do Beit Halochem Brasil, instituição voltada ao tratamento psicológico e físico dos soldados feridos de Israel e suas famílias.

Mas, isto tudo ainda não basta para uma pessoa dinâmica e devotada ao voluntariado da nossa comunidade como poucas sabem ser e Fernando ainda consegue tempo para presidir – e muito bem, diga-se – a Confederação Brasileira Macabi.

Para saber mais sobre ele leia abaixo a entrevista exclusiva que nos foi concedida e na qual Fernando abre as portas de sua vida pessoal para, afinal, nos levar a conhecer o ser sensível e admirável que é.


O Judaísmo tem um enorme significado para mim. Me acompanha em todos os meus pensamentos. Estudei toda a vida em escola judaica. Sou muito ligado nas tradições e costumes.

GC – Defina família, amigo e pessoa ideal.

FR – Família é o meu porto seguro. São as pessoas próximas que me sinto à vontade para rir, chorar, pedir, dar sem esperar retorno.

Amigo é aquele que não nasceu na família por acaso. Amigo é aquele que nos entende, atende a qualquer hora, mora literalmente ao seu lado e não poupa esforços para te ajudar, mas principalmente para te falar quando você não está certo.

A pessoa ideal para mim é aquela consegue ser transparente, honesta, dedicada e que erra, como qualquer um, mas está pronta para reconhecer e melhorar.

GC – O que o Judaismo significa para você?

FR – O Judaísmo tem um enorme significado para mim. Me acompanha em todos os meus pensamentos. Estudei toda a vida em escola judaica. Sou muito ligado nas tradições e costumes. Não rezo todos os dias, mas procuro estar sempre conectado e em pensamento, cumprindo o máximo possível de mitzvot.

GC – Do que gosta e do que não gosta.

FR – Gosto de viajar com minha família. Gosto do campo, do cheiro da grama depois da chuva, da lenha queimando em uma lareira. Não gosto de comer verduras. Por isso estou sempre brigando com a balança….

GC – Lugar inesquecível.

FR – Costa Amalfitana na Itália. Costumo dizer que um lugar depende muito do momento e do “clima”. O mesmo lugar, em momentos distintos, pode ser completamente diferente, até para nós mesmos. Quem já não teve aquela sensação de voltar a um lugar que tanto gostou e sentir que não é a mesma coisa?

GC – O que o tira do sério?

FR – Mentira

GC – Conte um pouco de sua vida profissional.

FR – Me formei em Direito e logo no primeiro ano comecei a estagiar com meu tio, Mauro Abramvezt, advogado extremamente inteligente e competente. Depois de um tempo passei a trabalhar em empresas, tendo trabalhado no início das operações da Claro no Brasil (antiga BCP), sido Diretor Jurídico de empresas de telecomunicações e energia e posteriormente em 2005 acabei virando sócio de minha esposa, em nosso escritório que trabalhamos até hoje, com Direito Comercial e empresarial, com muito foco em processos judiciais.

GC- Quando começou no voluntariado e qual foi seu primeiro trabalho?

FR – Meu primeiro trabalho voluntário foi no antigo Lar dos Velhos, durante a escola. Estudei no Peretz e visitava idosos aleatoriamente, sem os conhecer, duas vezes por semana.

GC – Teve influência de alguma pessoa?

FR – Tive influência de diversos líderes de nossa comunidade

Esse período foi extremamente difícil para todos. Trabalhamos muito para manter nosso sócio próximo do Clube e para atender individualmente todos aqueles com problemas específicos.

GC – Quais cargos já exerceu e onde?

FR – Sou voluntário na Hebraica há bastante tempo, tendo começado na comissão de sindicância e disciplina. Além de ser conselheiro já algum tempo, fui secretário da mesa do Conselho. No Executivo da Hebraica, ocupei o cargo de Secretário e hoje sou Secretário Geral. Já fui Diretor Jurídico da Federação israelita e hoje em dia faço parte do jurídico voluntário da Federação e Conib. Faço parte da Diretoria do Beit Halochem Brasil, instituição que tenho muito orgulho pois trata psicologicamente e fisicamente dos soldados feridos de Israel e suas famílias. Sou atualmente Presidente da Confederação Brasileira Macabi.

GC – Quais mudanças percebeu em si mesmo após dedicar-se ao trabalho voluntário?

FR – O trabalho voluntário me traz muita satisfação, pois ajudo o próximo sem nada em troca. Isso me conforta muito e me faz enxergar nossa importância dentro da comunidade.

GC – O que mais o encanta ou a frustra no trabalho voluntário?

FR – O que mais me encanta é sentimento de me sentir útil e poder ajudar as pessoas. O que me frustra as vezes é não ter recursos financeiros suficientes para ajudar a todos que precisam.

GC – Como consegue conciliar sua vida profissional e seu trabalho na Hebraica?

FR – Tenho que estar muito atento a isso, mas principalmente a dedicação de tempo para a família. Reservo períodos da semana para a Hebraica, mas com a tecnologia de hoje, e-mail, WhatsApp, acabo estando quase o tempo todo on line para a Hebraica.

GC – Nesta atual gestão, como Secretário Geral, você comanda quais áreas do clube?

FR – A Secretaria em si, que cuida dos assuntos dos sócios, a Central de Atendimento, Locação de espaços e Agenda, Segurança, estacionamento, serviço social e jurídico. O Secretário Geral também é o representante legal do Clube, assinando todos os documentos e contratos em conjunto com o Presidente.

GC – Quais os mais importantes projetos que já conseguiu implantar?

FR – Nessa gestão os projetos mais importantes são a reforma do estacionamento e automação e a implantação de sistemas de gestão de contratos jurídicos

GC – Quais os desafios enfrentados na sua área durante a pandemia e como lidou com eles?

FR – Esse período foi extremamente difícil para todos. Trabalhamos muito para manter nosso sócio próximo do Clube e para atender individualmente todos aqueles com problemas específicos. Entendo que conseguimos alcançar excelente resultado e hoje, já de portas abertas, mesmo que com todos os cuidados, estamos vendo nossos sócios felizes de volta ao Clube.

GC – O que mudou ou ainda mudará na vida do clube?

FR – Temos vários projetos acontecendo que estão tornando nosso Clube cada vez melhor. Quadras novas de esporte, novos restaurantes, novos espaços. Toda a Diretoria trabalhou muito nessa gestão excelente do Daniel.

GC – Pretende se candidatar à presidente do clube? Caso positivo, o que o motiva?

FR – Sim, pretendo. Recentemente fui indicado como o candidato da diretoria para a Presidência. Estou muito motivado com essa possibilidade e entendo que me encontro pronto para esse desfio. Aprendi muito em todos esses anos e trabalhando na Secretaria, por todos esses anos – coração do Clube – pude conhecer o Clube de forma bastante profunda. Ter o apoio de minha diretoria, do Presidente Daniel, dos ex-Presidentes que me manifestaram apoio e do Presidente do Conselho Avi Gelberg, me deixa muito feliz e seguro que estou no caminho certo para me candidatar a Presidência do Clube. Tenho a certeza que se eleito, dedicarei todos os meus esforços para essa instituição que tanto amamos e tão importante é para nossa comunidade.

GC – Gostaria de ressaltar alguma realização, tanto no campo profissional como no voluntário?

FR – Não uma específica, mas de agradecer a todos que me ajudam no dia a dia, meus filhos, minha esposa Juliana, meus pais Mina e Arnaldo e a todos os funcionários e voluntários do Clube.

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