AGENDA GC – O QUE HÁ DE MELHOR

Como o projeto “Nossas vozes. A escuta nas políticas de memória”, o espetáculo “Depósito” da Cia. Palhadiaço e a “Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia”, todos gratuitos.


CASOS DE NAZISMO NO BRASIL REFORÇAM A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS DE MEMÓRIA

Dias após o flagrante de um homem empunhando a bandeira nazista chocar Florianópolis (SC), o projeto “Nossas vozes. A escuta nas políticas de memória”, que discute o ódio, o antissemitismo e o racismo contemporâneos sob uma perspectiva histórica, segue reforçando a importância do assunto nos dias atuais. Histórias Entrelaçadas: colonialismo e nazismo foi o tema da live com a jornalista Heliete Vaitsman (foto), autora dos livros “Judeus da Leopoldina” (2006) e “O Cisne e o Aviador” (2014), e coorganizadora do livro “Antissemitismo, uma obsessão: argumentos e narrativas” (2020); a historiadora alemã Susann Lewerenz, do Centro de Estudos do Campo de Concentração Neuengamme, um lugar de memória perto de Hamburgo; e o professor e historiador Sidney Aguilar Filho. A moderação foi feita pela historiadora Astrid Kusser Ferreira (Goethe-Institut).

Este foi o segundo da série de quatro encontros online, com transmissão pelo canal do Goethe-Institut no YouTube (https://www.youtube.com/goetheinstitutriodejaneiro). A iniciativa visa estimular e valorizar a memória, buscando meios de dar significado a eventos traumáticos do passado, enquanto atos e estruturas racistas e antissemitas continuam ameaçando a vida e o convívio nos dias de hoje.

Os debates, realizados em parceria entre o Cine Educação e o Goethe-Institut, jogam luz nos temas apresentados pela exposição “Nossa Luta: a perseguição dos negros durante o Holocausto”, sobre o tratamento dado pelos nazistas aos afro-germânicos e africanos. Realizada pelo Museu do Holocausto de Curitiba em parceria com a Clínica de Direitos Humanos da PUC do Paraná e com o Centro Cultural Humanita, a mostra chegou ao Rio de Janeiro em 2020, com o apoio do Goethe-Institut. A visitação, no entanto, teve de ser interrompida devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19. O resultado das pesquisas foi lançado na internet como material educativo, que pode ser acessado gratuitamente em www.museudoholocausto.org.br/downloads/NossaLuta.pdf.

Próxima live

03/06 – Reparação Histórica

Com a participação Edson Santos, sociólogo e político brasileiro, ex-ministro-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2008-2010); Humberto Adami, advogado, presidente das comissões Nacional e Estadual (RJ) da Escravidão Negra no Brasil, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Wania Sant’Anna, historiadora, ex-secretária de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro (2002); e Selma Dealdina, quilombola do Angelim III, Território do Sapê do Norte, assistente social, conselheira da Anistia Internacional e organizadora do livro ”Mulheres Quilombolas: territórios de existências negras femininas”. Moderação de Bernard Brito, curador do Cine Educação.

Heliete Vaitsman

Jornalista, diretora de comunicação do Museu Judaico do Rio de Janeiro e da ASA. Atuou em diferentes postos nas redações do Jornal do Brasil e O Globo. É autora dos livros “Judeus da Leopoldina” (2006) e “O Cisne e o Aviador” (2014), romance histórico que investiga a vida e a morte de Herberts Cukurs, lendário piloto e engenheiro de aviação que se tornou herói nacional da Letônia até a ocupação nazista, quando foi apontado como colaborador da morte de mais de 30 mil judeus. Cukurs se estabeleceu no Brasil em 1946.

Susann Lewerenz

Pesquisadora e historiadora, trabalha sobre os temas do pós-colonialismo e do racismo na cultura visual na Alemanha. Seu doutorado sobre entretenimento exotificado na Alemanha no século 20 foi publicado em 2017. Ela trabalha no Centro de Estudos do Campo de Concentração Neuengamme, um lugar de memória perto de Hamburgo.

Sidney Aguilar Filho

Professor e historiador. Bacharelado em História pela Universidade de São Paulo (1991), Licenciatura em História pela Universidade de São Paulo (1992), Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2002), Doutorado em Filosofia e História da Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2012 da área de Educação. Prêmio Fundação Carlos Chagas / Fundação Conrado Wessel – 2012 pela contribuição à Educação brasileira.

Astrid Kusser Ferreira

Doutora em História e coordenadora da programação cultural do Goethe-Institut Rio de Janeiro.


CIA. PALHADIAÇO FAZ TEMPORADA ONLINE GRÁTIS DE DEPÓSITO

A Cia. Palhadiaço – atuante no Itaim Paulista (ZL) – apresenta, em junho, temporada do espetáculo Depósito pelas redes sociais do grupo e de coletivos parceiros, Todas as atividades são online e gratuitas. O projeto foi viabilizado pelo VAI – Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

As apresentações de Depósito (gravadas em vídeo), começam no dia 4 de junho, sexta, às 18h, pelo Facebook e YouTube da Cia. Palhadiaço. As demais sessões, nos dias 5, 6, 12, 13, 19, 20 e 27 de junho (sábados e domingos, às 15h), serão exibidas também na página de outro coletivo teatral, a cada dia.

A Oficina aborda os aspectos técnicos e de criação dos malabares e manipulação de objetos. Conduzida pelo malabarista e integrante do grupo Palhadiaço, Matheus Barreto, a atividade visa construir uma base para treinos, aprimorando a performance malabarista, por meio das seguintes etapas: iniciação à prática (introdução ao básico dos malabares para início da arte); desenvolvimento de técnica (numerologia, exercícios e primeiros truques), aspectos avançados dos malabarismos (truques avançados, maior quantidade de objetos e contemporaneidade na vertente).

APRESENTAÇÕES / Depósito (junho)

Grátis. Duração: 60 minutos. Classificação: Livre. Gênero: Cômico.

O enredo de Depósito se passa em um tempo no qual a arte se tornou um vírus e a pessoas infectadas, de nariz vermelho, são isoladas em um depósito de artistas. Com criação coletiva, dramaturgia de Matheus Barreto e direção de Rani Guerra, o espetáculo investiga a “palhaçaria periférica”, que cria diálogos com a cidade, suas periferias, seus artistas e suas excelências artísticas subversivas e resistentes.

Depósito é um espetáculo lúdico-musical-reflexivo sobre identidade cultural, arte e relações de autoridade. A música desempenha papel fundamental com paródias, releituras e composições originais, entre as quais um rap, que traz uma hilária batalha de palhaços.

04 de junho. Sexta, às 18h

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05 de junho. Sábado, às 15h

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6 de junho. Domingo, às 15h

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12 de junho. Sábado, às 15h

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13 de junho. Domingo, às 15h

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19 de junho. Sábado, às 15h

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20 de junho. Domingo, às 15h

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27 de junho. Domingo, às 15h

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MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA – SEMANA DO MEIO AMBIENTE: ESPECIAL AMAZÔNIA

PROGRAMAÇÃO ONLINE COM FILMES E DEBATES DISCUTE A REGIÃO AMAZÔNICA

A Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia, acontece de forma online e gratuita de 2 a 9 de junho com um abrangente painel das questões, impasses e possíveis soluções para a Amazônia. A programação conta com 16 filmes e duas séries para TV, além de um ciclo de debates, webinário e master class.

Uma das atrações é a série exclusiva HBO “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado”, dirigida por Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel, uma coprodução da HBO Latin America Originals com a Ocean Films. Já o longa-metragem “BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal Mauro, tem pré-estreia mundial na mostra.

Um ciclo de debates reúne nomes como o do documentarista João Moreira Salles, a líder indígena Sônia Guajajara, o professor Ricardo Abramovay, a Secretária de Ciências e Tecnologia do Amazonas Tatiana Schor, Danicley de Aguiar, do Greenpeace Brasil, e os cineastas Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel.

A programação conta ainda com master class “O Cinema Ambiental de Jorge Bodanzky”, que focaliza a questão ambiental nos filmes do diretor; e o webinário “A Crise Climática e a Amazônia” com a participação de Paulo Artaxo e José Marengo, dois dos mais influentes cientistas brasileiros da atualidade.

Os filmes ficam em cartaz no site da Ecofalante e na plataforma Belas Artes À La Carte.

Toda a programação é gratuita e pode ser acessada através do endereço www.ecofalante.org.br

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