LIVES QUE FIZERAM SUCESSO

O livro “A Guerra do Retorno” com a autora israelense Einat Wilf, rabino Dr. Ruben Sternschein (CIP) e André Lajst, Saúde & Ciência com Claudia Issler Fainguenboim e Clara Marques, o mais recente livro de Natália Pasternak debatido com o rabino Michel Schlesinger, o Segredo para a Longevidade com Bruna Lombardi e a Resistência Feminina Durante o Holocausto com o Grupo ELF.


Livro “A Guerra do Retorno” foi debatido em evento com a autora israelense Einat Wilf, o rabino Dr. Ruben Sternschein (CIP) e André Lajst (StandWithUs Brasil)

A Congregação Israelita Paulista (CIP), em parceria com o StandWithUs Brasil e a Editora Contexto, realizou o lançamento do livro “A Guerra do Retorno – como resolver o problema dos refugiados e estabelecer a paz entre palestinos e israelenses”.

Com tradução simultânea e transmissão on-line, o evento contou com a participação da autora israelense Einat Wilf e a mediação de André Lajst e do rabino Dr. Ruben Sternschein.

Parte da esquerda israelense que apoia a Solução de dois Estados, Einat conta que deparou-se, ao conversar durante anos com jovens palestinos, com o desejo de terem todo o território do Rio Jordão ao mar. Ou seja: não desejarem um Estado Palestino ao lado do Estado de Israel, mas o Estado Palestino, em vez do Estado de Israel. “E a forma de trazerem essa demanda é o chamado direito de retorno“.

Esse é o tema central do livro, no qual Einat e o coautor, Adi Schwartz, colunista do jornal Haaretz, explicam os motivos pelos quais o retorno inviabiliza qualquer processo de paz. “Acreditam que sete ou oito milhões de palestinos têm o direito de se assentar dentro de Israel, em nome do que chamam de retorno. Porém, se isso ocorresse, Israel se tornaria mais um país árabe, um país áraba-palestino com uma minoria judaica“.

Além disso, Einat lembrou que a absorção é problemática também pelo crescente número de palestinos considerados refugiados — o que vai na contramão de como todos os deslocados por outros conflitos mundiais são tratados. A autora frisa que, enquanto palestinos que refizeram suas vidas no Brasil ou nos Estados Unidos, após 1948, ainda são considerados refugiados do conflito, assim como seus filhos e netos nascidos em território americano ou brasileiro, o mesmo não ocorre com libaneses ou sírios. A perpetuação do status de refugiado também é um entrave à paz.

A CIP na sua vocação de diversidade teve a honra de iniciar a primeira atividade do que será sua Academia, com a apresentação de um livro polêmico e agregador , tanto para as esquerdas quanto para as direitas, e que busca o pragmatismo ético no lado palestino a partir da esquerda israelense tradicional”, destacou o rabino Dr. Ruben Sternschein.

Para André Lajst, o livro “A Guerra” do retorno é uma obra ímpar, crucial para o entendimento profundo dos motivos pelos quais a paz entre israelense e palestinos ainda não foi conquistada. Einat conta de forma cirúrgica quem são refugiados, quem se coloca como refugiado mas na verdade não é e quem usou e ainda usa os refugiados palestinos por motivos políticos e ideológicos.

Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=NyjPp5tw8-I


Claudia Issler Fainguenboim, diretora dos Amigos do Weizmann Brasil participa da live Saúde & Ciência!

Claudia Issler Fainguenboim, diretora da Associação de Amigos do Weizmann do Brasil, participou da live Saúde & Ciência!, realizada pela jornalista Clara Marques, da Calango Comunicação, especializada em divulgação de ciência e saúde

Na pauta do encontro temas como a importância da ciência básica, da incentivo à pesquisa, da formação dos jovens e educação científica da sociedade, bem como os impactos da pandemia nas atividades do Instituto.

Entre outros assuntos, Claudia teve a oportunidade de detalhar como surgiu e o que é o Instituto Weizmann de Ciências e de como a pesquisa básica baseada na curiosidade leva os cientistas a antever soluções ousadas e possibilidades anticonvencionais e também de como funciona a transferência de tecnologia.

Ela também explicou sobre o trabalho do Grupo de Amigos do Weizmann aqui no Brasil e comentou algumas ações que promovem o intercâmbio entre o Brasil e o Instituto, tais como a Escola de Verão, o projeto Science On Tap, além das bolsas de pós-doc.

As fronteiras estão cada vez mais insignificantes. Os vírus não respeitam fronteiras e já está muito claro que precisamos nos unir para enfrentar os desafios da humanidade e as colaborações científicas de pessoas e instituições do mundo todo, com diferentes linhas de pensamento e bagagem, é essencial para compor o quadro da ciência que vai transformar as nossas vidas e gerar um mundo melhor e mais saudável”, concluiu Claudia.

Assista a live em: https://www.instagram.com/tv/CVOqS8HlXYR/?utm_source=ig_web_copy_link


Negar a ciência é algo que historicamente já matou muita gente declara Natália Pasternak em live com o rabino Michel Schlesinger

Natália Pasternak, Phd em Microbiologia, participou do Dilemas Éticos Internacional da Congregação Israelita Paulista (CIP), com o rabino Michel Schlesinger, ambos diretamente de Nova York.

Eles debateram sobre o mais recente livro de Natália escrito em parceria com o jornalista científico Carlos Orsi, batizado de “Contra a realidade: a negação da ciência, suas causas e consequências” (Editora Papiro 7 mares), no qual a dupla se debruça sobre as origens e engrenagens por trás de “movimentos” cada vez mais populares – e perigosos para a civilização –, como o terraplanismo, o criacionismo e a negação da ciência e do aquecimento global, entre outros.

Meu segundo livro foi escrito em um momento muito propício da história do mundo – durante a pandemia do coronavírus, onde o negacioanismo da ciência mostrou suas consequências da forma mais impactante, matando pessoas. Nele, nosso intuito foi justamente avaliar os mecanismos do negacionismo, tanto históricos quanto da ciência, inclusive com um capítulo que aborda a negação do Holocausto. Negar a ciência é algo que historicamente já matou muita gente”, declarou ela.

Não estamos falando apenas de ignorância e de obscurantismo religioso, mas também de crimes que são cometidos com a manipulação da verdade e da informação. São pessoas que mudam a realidade para não precisar tomar medidas para as quais não estão preparadas e desta maneira fogem da responsabilidade e das consequências”, complementou o rabino Michel Schlesinger.

Durante a live, Natália também deu detalhes sobre o trabalho que vem fazendo em Nova York, onde está como professora visitante da Columbia University, também falou sobre espiritualidade e ciência, do movimento anti-vacinas. A boa notícia, segundo ela, é que já estamos caminhando para o fim da pandemia do coronavírus no Brasil, com grande parte da população já vacinada. “Tivemos muitos aprendizados durante a pandemia, como o uso de máscaras e de álcool gel, os quais podem ser incorporados em algumas situações do dia a dia, como por exemplo no transporte público.

O encontro on-line teve tradução em libras e contou com a participação do público via chat. Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=wsOkD5Ix84U


O autoconhecimento é o segredo para a longevidade afirma Bruna Lombardi durante o 16º Seminário do Envelhecimento – Fisesp Até os 120

Qual o segredo da longevidade? Como impulsionar modelos de inclusão de idosos? O que fazer para que a velhice não seja invisível? Esses foram alguns dos temas abordados durante o 16º Seminário do Envelhecimento – Fisesp Até os 120, que aconteceu no dia 07 de outubro, com transmissão online pelas redes sociais da Federação Israelita do Estado de São Paulo.

A abertura do evento contou com a participação do presidente da Fisesp, Luiz Kignel, da vereadora Cris Monteiro, do presidente do Conselho Estadual do Idoso, Tomas Freund, e da Secretária do Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo, Celia Parnes, que não pôde participar dá transmissão ao vivo, mas enviou um vídeo.

Há mais de 20 anos a Federação começou a pensar no envelhecimento da nossa comunidade. Muitas ações foram realizadas em conjunto com as nossas entidades filiadas para agregar valor ao trabalho desenvolvido. Temos como meta impulsionar modelos de inclusão de idosos, acolhendo os desafios e as mudanças e enfrentando esses novos desafios dentro dos melhores princípios judaicos. Na religião judaica, o idoso é aquele que ensina, que acolhe a seus filhos e a seus alunos, Por isso falamos: “Le Dor Va Dor (de geração em geração)”, destacou o presidente da Fisesp, Luiz Kignel.

Temas como “A Década do Envelhecimento Saudável” e “Velhice não é doença”, estiveram na pauta do Seminário, que assim como edições anteriores, contou com a participação de renomados professores e doutores em suas áreas de atuação, tais como Mirian Goldenberg – antropóloga, pesquisadora e escritora; Marília Berzins – assistente Social; Doutora em Saúde Pública e Especialista em Gerontologia; Alexandre Kalache – médico Gerontólogo, considerado um pioneiro no estudo das questões do envelhecimento e Yeda Duarte – graduada, com mestrado e doutorado na Faculdade de Enfermagem da Usp e referência na área de gerontologia. A mediação dos painéis ficou a cargo de Nivia Pires e Luciana Feldman.

Um dos destaques do evento, foi a participação da atriz Bruna Lombardi, que foi entrevistada pela diretora do Programa Inclusão Social da Fisesp, Ruth Goldberg. Considerada um exemplo de beleza e vitalidade aos 69 anos, Bruna contou como surgiu a ideia de criar a “Rede Felicidade”, que tem como proposta contribuir de maneira positiva para a vida de milhares de pessoas. Ela também frisou a importância de cuidar da saúde, honrar os idosos e estimulá-los a viver melhor.

A atriz apontou o autoconhecimento como o segredo para a longevidade: “quanto mais aprendemos sobre nós mesmos, melhor vamos percorrer essa jornada. Quanto mais longa for a sua história, melhor para você se auto conhecer, se revelar para si mesmo e para as pessoas que estão a sua volta”.

Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=8ZhKbVtEYwI&t=4s


Evento do Grupo ELF debateu a resistência feminina durante o Holocausto

Rebeca Serrano, Mestre em Letras no Programa de Estudos Judaicos da USP e Mestre em Estudos do Holocausto pela Universidade de Haifa, debateu sobre o tema “Mulheres e a Resistência na Shoá”, em um evento online do Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF) da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).

A live, que teve parceria com a Conib e Universidade de Haifa contou com a moderação de Karina Hotimsky Iguelka, Psicóloga e Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae e coordenadora do Projeto Marcha da Vida do Fundo Comunitário.

O diretor da Conib, Sergio Napchan, que foi orientando de Rebeca em sua tese de mestrado apresentou as convidadas: “Rebeca é uma mulher de fibra, focada nos estudos e comprometida com um projeto de qualidade e integridade na vida. Com seus próprios méritos conseguiu ser aceita no processo de admissão da Universidade de Haifa. Já Karina é uma grande amiga e conhecida da comunidade judaica, que desenvolve um excelente trabalho e em anos de experiência em levar grupos para o Programa Marcha da Vida, que inclusive traz a questão da resistência como tema central. Com certeza esta conversa tende a ser maravilhosa”.

Além de debater sobre o livro “A luz dos dias – A história não contada das mulheres lutadoras da resistência nos guetos de Hitler”, no qual a historiadora Judy Batalion resgata histórias da resistência feminina à ditadura de Adolf Hitler na Polônia ocupada, e que será lançado em breve no país, Rebeca destacou episódios da resistência feminina, como por exemplo das mulheres que ajudavam a transportar para fora dos campos pólvora e também filmes que documentavam os processos de extermínio.

Ela também abordou os conceitos de resiliência, do masculino e do feminino, de como as questões biológicas (como a menstruação, a fertilidade e a maternidade) afetam as mulheres, bem como das relações de dominação. “Se os gêneros afetam todas as relações sociais, por que isso seria diferente nos guetos e durante a Shoah?”, questionou.

“Precisamos aprender a ler a história procurando as mulheres, sem aceitar que a história tenha apenas uma versão. Se você só conhecer a história por um lado, vai faltar muita coisa”, alertou Karina.

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