PÍLULA BARATA E EFETIVA CONTRA A COVID -19 DE UM TWEET SAÍDO DO WEIZMANN AOS ENSAIOS
Iniciativa COVID Moonshot de ciência aberta sem fins lucrativos recebeu importante aporte econômico
Um tweet do pesquisador do Instituto Weizmann de Ciências, Dr. Nir London, deu inicio ao maior esforço de Ciência Aberta do mundo para desenvolver rapidamente um comprimido seguro e globalmente acessível, inclusive para países de baixa renda e populações vulneráveis, contra a COVID-19, suas variantes e pandemias virais relacionadas.
Batizado de COVID Moonshot, o projeto recebeu recentemente um aporte de £ 8 milhões (cerca deR$ 50 milhões) da organização global sem fins lucrativos Wellcome, que se dedica à descoberta de medicamentos antivirais globalmente acessíveis e de fácil manufatura contra a COVID-19 e outras pandemias virais que possam surgir.
A iniciativa começou virtualmente durante o lockdown, em março de 2020, com cientistas de todo o mundo compartilhando dados e ideias online. Essa inusitada cooperação aberta é o oposto do que geralmente acontece quando se pesquisa medicamentos de alto nível, mas o projeto avançou com êxito. Cerca de 250 pessoas enviaram mais de 4.500 projetos que buscavam alternativas para bloquear a protéase, proteína-chave que ajuda o vírus a se replicar.
Hoje, participam do projeto mais de 150 cientistas, acadêmicos, pesquisadores e estudantes de instituições de renome como o Instituto Weizmann de Ciências (Israel), a Universidade de Oxford (UK); e o Memorial Sloan Kettering Cancer Center (US) além de diversas empresas dos Estados Unidos, Reino Unido e Suiça.
O projeto já gerou mais de 50% das informações estruturais conhecidas sobre a proteína-chave (protéase) que ajuda o vírus a se replicar. Os primeiros ensaios clínicos da pilula oral contra a Covid-19 já são esperados para 2022. A ONG “ Drugs for Neglected Diseases initiative” (DNDi) estará liderando os próximos passos
Todos os dados científicos do Moonshot vão cair em domínio público, inclusive já estão disponíveis online para permitir o acesso e a colaboração de outros pesquisadores.
“Se tivéssemos tido mais esforços e financiamento para o desenvolvimento de medicamentos durante a epidemia de SARS de 2003, possivelmente teríamos ganhado tempo para combater a pandemia da COVID-19 quando ela se iniciou”, destacou o Dr. Nir London, Cientista Sênior do Departamento de Biologia Química e Estrutural do Instituto Weizmann.
Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann de Ciências é uma das mais respeitadas instituições de pesquisa multidisciplinar no mundo. O Instituto abriga cerca de três mil cientistas, estudantes, técnicos e equipe de apoio. O Weizmann desenvolve uma ampla gama de pesquisas baseadas na curiosidade, para gerar conhecimentos em benefício da humanidade. O Instituto está sempre em busca de novos caminhos para combater doenças, desenvolver novas tecnologias e materiais e criar estratégias para proteger o meio ambiente.
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