O INSTITUTO D’OR DE PESQUISA E ENSINO E O INSTITUTO WEIZMANN DE CIÊNCIAS, EM ISRAEL, ANUNCIAM PROGRAMA DE BOLSAS DE PÓS-DOUTORADO
Colaboração entre instituições apoiada pela iniciativa Ciência Pioneira oferecerá 15 bolsas de pós-doutorado no Instituto Weizmann de Ciências, classificado pelo Nature Index entre os melhores centros de pesquisa do mundo.
Prof. Roee Ozeri, Cônsul Rafael Erdreich, Regina P. Markus, Fernanda e Jorge Moll Neto e Dany Schmit
Com a proposta de promover o treinamento avançado de jovens cientistas brasileiros no exterior, e com o intuito de trazê-los de volta ao Brasil para acelerar aqui o desenvolvimento de Ciência inovadora e da mais alta qualidade, a iniciativa Ciência Pioneira, apoiada pela família Moll, e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) lançam, em parceria com o Instituto Weizmann de Ciências de Israel, o programa de bolsas de estudo “Weizmann / IDOR Pioneer Science Fellows”.
Representantes das instituições se reuniram na sede do IDOR, em São Paulo, no dia 07 de abril, para oficializar a parceria, planejada para um período inicial de dez anos (2022 a 2031), com o oferecimento de 15 bolsas de pós-doutorado para pesquisadores brasileiros. Estiveram presentes os co-fundadores do IDOR, Dra. Fernanda Tovar-Moll, Presidente do IDOR, e Dr. Jorge Moll Neto, Presidente do Conselho Administrativo do IDOR e um dos idealizadores da iniciativa Ciência Pioneira; o Prof. Roee Ozeri, Vice-Presidente do Instituto Weizmann de Ciências; Mario Fleck, Presidente da Associação de Amigos do Weizmann do Brasil, e a Prof. Regina P. Markus, professora da USP e Vice-Presidente da Associação de Amigos do Weizmann do Brasil.
“Com esta iniciativa, esperamos contribuir para a aproximação entre nossas instituições, seus pesquisadores, e nossas nações, no intuito de promover novos talentos da Cência brasileira ao nível internacional. Os pesquisadores apoiados terão a oportunidade de desenvolver seus estudos avançados no Instituto Weizmann de Ciências, contribuindo, durante e após seu retorno ao Brasil, para os sistemas de Ciência Brasileira e Israelense. Acreditamos fortemente no papel crucial da ciência fundamental e das parcerias internacionais no desenvolvimento humano, tecnológico e social de um país”, destaca Jorge Moll Neto.
“No Weizmann, acreditamos nas pessoas e uma de nossas prioridades é atrair talentos para receberem treinamento e a melhor educação científica. Fiquei realmente impressionado com o que o IDOR já realizou em apenas 12 anos. A ciência está cada vez mais global e precisamos construir pontes, e tenho a certeza de que estamos dando início a uma parceria que trará ganhos para os dois lados e em benefício da humanidade”, ressalta o Prof. Roee Ozeri.
Os bolsistas serão selecionados por meio de processos seletivos e as bolsas direcionadas a pesquisadores qualificados que atendam aos requisitos acadêmicos do Instituto Weizmann de Ciências, e cuja proposta de pesquisa busque interfaces entre as áreas das ciências da vida, ciências exatas e da saúde. Os selecionados terão a oportunidade de adquirir treinamento avançado ao longo de 3 anos no Instituto Weizmann de Ciências, e participarão de atividades científicas conjuntas entre o Instituto Weizmann de Ciências e o IDOR, visando estimular sinergias e colaborações sempre que possível.
Após a conclusão do programa, os Fellows estarão especialmente capacitados a retornar ao Brasil e desenvolver suas carreiras científicas no IDOR ou em outras instituições, fortalecendo a ciência de alta qualidade no País. O IDOR planeja oferecer aos pesquisadores, em seu retorno, apoio financeiro e logístico para estruturarem seus grupos de pesquisa nas suas instalações, assim como apoiar viagens internacionais e organizar simpósios para cultivar as relações científicas construídas no exterior. O IDOR já possui infraestrutura de pesquisa avançada no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, além de presença em outras regiões do Brasil, e está prevista uma expansão significativa desta infraestrutura ao longo dos próximos anos, dentro do programa de ação da iniciativa Ciência Pioneira.
Mario Fleck, presidente dos Amigos do Weizmann do Brasil
“Há duas coisas que me deixam realmente feliz. Uma é quando os cientistas do Instituto fazem alguma descoberta importante que vai impactar na saúde e a outra é quando vemos pessoas como Jorge Moll e Fernanda Tovar-Moll nos ajudando a concretizar uma parceria como esta que estamos anunciando. Me sinto realmente entusiasmado com a possibilidade dos brasileiros serem beneficiados com a ciência de qualidade que é feita em Israel e principalmente no Weizmann. Estamos dando um grande passo e só posso agradecer”, celebra Mario Fleck.
O programa “Weizmann / IDOR Pioneer Science Fellows” integra a iniciativa Ciência Pioneira, lançado em 2021 com apoio filantrópico da família Moll, e que visa a internacionalização da ciência brasileira por meio da criação e do fortalecimento de parcerias com instituições internacionais de ponta, criando novas oportunidades para enviar pesquisadores brasileiros para o exterior e para receber cientistas estrangeiros. O investimento em pesquisadores que buscam atuar em áreas de fronteira da Ciência e a valorização do trabalho do cientista no Brasil com ênfase na construção e transferência de conhecimento é o grande diferencial do projeto. A parceria com o Instituto Weizmann de Ciências é a segunda anunciada dentro do programa, que já conta com acordo com a Universidade da Califórnia, em Los Angeles, para incentivar o desenvolvimento da área de biologia quântica no Brasil.
Sobre o Instituto Weizmann de Ciências
O Instituto Weizmann de Ciências é um dos principais institutos multidisciplinares do mundo, contando com mais de 3.000 cientistas, técnicos de laboratórios e estudantes. O campus em Rehovot cobre uma área de 1,1 km2, contém mais de 100 edifícios, 60 centros multidisciplinares, 250 grupos de pesquisa com mais de 3.000 cientistas, 380 fellows de pós-doutorado e 1.076 alunos. Há mais de 70 anos reúne esforços que incluem a busca por novas formas de combater doenças e proteger o meio ambiente.
Os cientistas do Weizmann inventaram a amniocentese e fármacos de sucesso para esclerose múltipla e câncer, desenvolveram nanomateriais e tecnologia avançada em computação e criaram opções revolucionárias de armazenamento de dados. Foi lá que surgiram métodos sofisticados para criar estradas inteligentes equipadas com sensores para a prevenção de acidentes de trânsito, e os seus cientistas iniciaram uma nova e promissória era de dieta e nutrição sob medida.
Sobre a iniciativa Ciência Pioneira
A iniciativa Ciência Pioneira foi idealizada com o propósito de apoiar a formação, desenvolvimento e retenção de talentos da ciência no país, além de financiar pesquisas de fronteira através de parcerias com instituições de ponta no Brasil e no exterior. O objetivo mais amplo é explorar linhas de estudo promissoras e ainda pouco exploradas pela Ciência, e que podem se traduzir em importantes avanços nas interfaces entre as ciências biomédicas e as ciências exatas, incluindo física, matemática e engenharia. A motivação da iniciativa está em apoiar propostas que possam resultar em um importante impacto no desenvolvimento país. A iniciativa Ciência Pioneira é um projeto filantrópico da família Moll – que prevê um investimento de R$ 500 milhões ao longo dos próximos 10 anos – e que estará aberto a investimentos de outros parceiros ou apoiadores para alavancar seu alcance e impacto.
O pilar de internacionalização da iniciativa Ciência Pioneira vai fortalecer as parcerias do Brasil com instituições estrangeiras e criar novas oportunidades para o intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e do exterior, incentivando a cultura de intercâmbio científico e fortalecendo a pesquisa científica brasileira no cenário mundial. A iniciativa Ciência Pioneira não receberá propostas ou projetos diretamente, mas será proativa na criação de editais e outras oportunidades, seja de forma independente ou em parceria com outras instituições.
Sobre o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR)
Fundado em 2010, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é uma organização sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover o avanço científico, qualificação, disseminação do saber e a inovação na área de saúde.
O IDOR vem desenvolvendo pesquisas de fronteira voltadas tanto para ciência aplicada – com impacto clínico direto a curto prazo – quanto para a ciência fundamental, que busca o conhecimento mais profundo sobre os mecanismos biológicos, fisiológicos e patológicos.
A importância de aproximar a ciência básica da clínica foi evidenciada nas pesquisas envolvendo o vírus Zika, nas quais o IDOR ganhou destaque internacional com publicações na prestigiada revista Science, e no projeto Ciência IDOR Contra a Covid, iniciado em 2020 com a pandemia de Covid 19 e investimentos que superaram US$ 5 milhões. O programa “Ciência IDOR Contra a COVID” engajou boa parte dos pesquisadores do IDOR e centenas de profissionais de saúde da Rede D’Or São Luiz para atuar em dez linhas de pesquisa com potencial de contribuir para o enfrentamento da doença. Até o momento foram mais de 140 artigos científicos publicados sobre o tema em periódicos de reconhecimento internacional, além de outras iniciativas como um aplicativo para análise geoespacial da infecção pela doença (o Dados do Bem) e uma plataforma on-line gratuita com informações sobre autoconhecimento e saúde mental formuladas por especialistas do IDOR – o Portal IDOR de Saúde Mental.
Com parcerias internacionais já estabelecidas em todos os continentes, alcançando cerca de 500 instituições ao longo dos últimos 12 anos, a iniciativa de internacionalização do IDOR (IDOR Global) vai fortalecer ainda mais estas parcerias do instituto e criar novas oportunidades para enviar pesquisadores ao exterior e receber cientistas estrangeiros, consolidando a cultura e a continuidade de pesquisas multicêntricas do IDOR com outros países. O objetivo também é o de apoiar o desenvolvimento de pesquisadores brasileiros com perfil fortemente inovador que atuem no Brasil, independentemente da idade.