“Pesquisa sobre Parkinson”, de André Tal, coloca a Record TV e o Domingo Espetacular entre os indicados ao Prêmio Emmy Awards 2022 – Por Glorinha Cohen
“É bem legal poder falar da fragilidade, mostrar um pouco o outro lado. A gente está sempre na televisão, contando a história dos outros, e poder contar a minha própria história é algo bem legal. Foi importante a Record ter dado esse espaço para eu poder falar sobre algo que me afligia havia tantos anos”.
“Pesquisa sobre Parkinson” , de autoria do jornalista André Tal, foi a matéria que proporcionou à Record TV e ao programa Domingo Espetacular a indicação, na categoria “Current Affairs” (Atualidades), ao Prêmio Emmy Awards 2022, considerado o Oscar da televisão. Esta é a segunda vez que a Record TV participa da disputa, desta feita com a BBC, a revista The Economist e a alemã NDR, respectivamente com matérias sobre a seita africana Black Axe, que virou máfia, a luta das mulheres contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin e sobre um homem que foi inocentado após passar 14 anos preso em Guantánamo, na Cuba.
A matéria de André Tal foi exibida em dezembro do ano passado e mostra o seu dia a dia como profissional e portador do Mal de Parkinson, doença com a qual convive há vários anos e que à princípio foi escondida pelo repórter. Ele também fala sobre as mudanças que seu corpo vem enfrentando com a doença, bem como sobre o tratamento experimental que está fazendo nos Estados Unidos.
“É bem legal poder falar da fragilidade, mostrar um pouco o outro lado. A gente está sempre na televisão, contando a história dos outros, e poder contar a minha própria história é algo bem legal. Foi importante a Record ter dado esse espaço para eu poder falar sobre algo que me afligia havia tantos anos. Depois da matéria, acho que muita gente com Parkinson me escreveu, se sentiu representado, viu em mim a sua própria história. Então, de alguma forma, foi uma quebra de silêncio para muitas pessoas, consequentemente”, disse André em entrevista concedida ao R7.
E concluiu: “Acho que, mais do que ter o trabalho reconhecido, o que me deixa feliz é mostrar que, apesar de um diagnóstico como esse, eu continuo fazendo coisas grandes a ponto de ser indicado para a final de um prêmio como o Emmy. Mesmo com Parkinson, a gente está ali disputando com as feras do jornalismo mundial. Então, o diagnóstico não foi um sinal de que tudo acabou, a vida continua. Isso que é o mais legal, isso é o que me deixa mais orgulhoso”.
Os ganhadores serão anunciados no dia 28 de setembro, em Nova York, EUA.
Sobre André Tal
Repórter desde junho de 2000 e na Record deste janeiro de 2006, André Tal tem 44 anos e é formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Começou a carreira na televisão aos 21 anos, na Rede TV, como repórter e editor de Internacional. Os mais importantes acontecimentos mundiais foram por ele cobertos, como o acidente da TAM em 2007, Olimpíadas de Vancouver, 2010, terremoto, tsunami e a crise nuclear no Japão em 2011, Olimpíadas de Londres, 2012, atentados terroristas em Paris, Nice, Bruxelas, Londres, Barcelona, 2015/2016, Olimpíadas de Sochi 2014, Copa na Rússia 2018, Brumadinho, 2019, Olimpíadas de Tóquio 2020+1 e a Guerra na Ucrânia, dentre outros.
Foi correspondente da Record em Tóquio entre 2011 e 2013, na Europa entre 2013 a 2018 e responsável por documentários feitos na África do Sul, Quênia e Botsuana em 2019, e em Israel em 2021/22.
Seu inegável talento fez com que ganhasse prêmios importantes, como o Prêmio Esso de Jornalismo, por duas vezes: a primeira vez em 2008 com a matéria “Dossiê Roraima, Pedofilia no Poder” sobre o envolvimento de empresários e políticos importantes daquela região, e a segunda em 2011, com a série especial “40 Anos? Transamazônica, a estrada sem fim”. Com esta série ganhou também o Prêmio Imprensa Embratel 2011.