Campanha “Contar para Viver, Viver para Contar”
Representante da CONIB destaca o trabalho da instituição contra a intolerância e o discurso de ódio
Em webinar, representante da CONIB destaca o trabalho da instituição contra a intolerância e o discurso de ódio – Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
A campanha “Contar para Viver, Viver para Contar” – da UNESCO, Museu do Holocausto de Curitiba e CONIB – emocionou os participantes da live de pré-lançamento, com relatos de sobreviventes do Holocausto e de vítimas da intolerância, do racismo e do preconceito no Brasil.
Em live, na quinta-feira (26/1), os envolvidos na campanha “Contar para Viver, Viver para Contar” falaram sobre a importância da iniciativa em momentos em que estão desaparecendo os sobreviventes, testemunhas do Holocausto, e em que crescem no mundo e se propagam pela internet o discurso de ódio, o racismo e o preconceito.
O advogado e secretário da CONIB Rony Vainzof falou sobre o trabalho da instituição, como o lançamento, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, de um Guia de Análise de Discurso de Ódio. Vainzof falou também sobre o crescimento do negacionismo (do Holocausto), os limites da liberdade de expressão e citou o caso Elwanger, que endossou o entendimento de que a liberdade de manifestação do pensamento não abarca a defesa do nazismo. Citou também os crimes de injuria racial e a recente lei, sancionada no último dia 11, que equipara o crime de injúria racial ao de racismo – com a nova lei, punição para a injúria passa a ser prisão de 2 a 5 anos. “É importante frisar que esses crimes online causam danos físicos às vítimas”, pontuou Vainzof.
Vitor Elman, da empresa Cappuccino, explicou que a campanha nasceu da percepção de que esses testemunhos do Holocausto – com idades acima dos 80 anos – estão desaparecendo. “E esse vazio abre espaço para a possibilidade de se apagar a memória do Holocausto”, alertou ele.
Mariana Alcalay, representante da Unesco, falou sobre a necessidade de se desconstruir o preconceito, o ódio e a intolerância religiosa, racial, de etnia e de gênero. “Uma vez que as guerras começam nas mentes das pessoas, é na mente das pessoas que a paz deve ser construída”, destacou.
Carlos Reiss, coordenador do Museu do Holocausto de Curitiba, advertiu que “a memória coletiva é uma construção constante”. “As lições precisam ser repassadas e assimiladas e essa campanha renova o pacto do Holocausto Nunca Mais!”, pontuou.
Acesse os links abaixo para assistir aos vídeos da campanha:
Filme 1: https://www.webcargo.net/d/22071853/1sxfk73I7j/