Em noite repleta de homenagens, Einstein celebra novo Centro de Ensino e Pesquisa
Com a presença de autoridades consulares, membros do poder executivo e do poder legislativo, além de médicos e cientistas renomados, no último dia 2 de março aconteceu o evento de celebração de um ano de atividades do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecilia e Abram Szajman.
Trata-se de um dos mais recentes empreendimentos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, e talvez um dos mais icônicos, localizado na av. Padre Lebret, ligado ao complexo hospitalar do Morumbi por uma passarela sobre a avenida. O prédio tem paredes de vidro e é coberto por uma abóbada também de vidro — um projeto arquitetônico de classe internacional liderado pelo arquiteto israelo-americano Moshe Safdie, um dos homenageados da noite.
Na abertura do evento, Sidney Klajner, presidente da organização, disse que “o Einstein exerce o Tikun Olam no mundo da saúde. Nós estamos sempre transformando o presente e imaginando o futuro. O Centro de Ensino e Pesquisa é como uma poderosa nave capaz de nos levar às novas fronteiras do universo da saúde, tendo o conhecimento como combustível propulsor da nossa jornada. E o propósito dela é justamente entregar vidas mais saudáveis para um número cada vez maior de seres humanos.”
Foi na gestão de Claudio Lottenberg, que antecedeu Klajner no comando do Einstein e hoje preside o Conselho Deliberativo da instituição, que o Centro foi idealizado. “Aqui no Einstein, com esses prédios interligados, a prática assistencial hospitalar e ambulatorial conversa permanentemente com educação, com a pesquisa e com a responsabilidade social. Temos qualidade da assistência, temos formação de capital humano, temos legitimidade. Aqui, o paciente está sempre no centro de nossas ações”, disse.
A jornalista Sônia Bridi foi a mestre de cerimônias da noite, e conduziu painéis temáticos sobre pesquisa e ensino, que são o cerne do empreendimento, e de arquitetura. No primeiro, Luiz Vicente Rizzo e Eliseth Leão, respectivamente diretor-superintendente de pesquisa e pesquisadora do Einstein, conversaram com Sue Ann Clemens, das universidades de Oxford e de Siena, sobre os desafios para se realizar pesquisa científica no Brasil.
No segundo painel, sobre ensino, as competências do profissional de saúde do futuro foram debatidas por Alexandre Holthausen, diretor-superintendente de ensino do Einstein, Eduardo Troster, pediatra e professor de bioética da instituição, e Daniela Harsanyi, médica da primeira turma do Einstein, formada em 2021, e hoje residente em clínica médica na Escola Paulista de Medicina.
Por fim, em um painel que contou com Klajner, Lottenberg, Safdie, além de Henrique Neves, diretor-geral do Einstein, e Junia Gontijo, diretora-executiva de patrimônio, engenharia e infraestrutura, o grande mote foi a história do edifício e do contato entre as lideranças do Einstein e Moshe Safdie, que também projetou o Yad-Vashem, o Museu do Holocausto em Israel, o Instituto da Paz nos Estados Unidos e o Marina Bay em Singapura.
Outro grande momento da noite foi a homenagem aos doadores: famílias, pessoas físicas e jurídicas sem as quais o projeto não teria sido possível. “Além das contribuições para as obras, doadores também têm destinado recursos para bolsas de estudo que permitem trazer para os cursos do Einstein alunos de grande potencial, mas que por sua condição socioeconômica não teriam como arcar com os custos”, disse Sônia Bridi enquanto os nomes dos beneméritos eram projetados nas paredes do auditório Camila Bueno, onde a cerimônia acontecia.
Entre as autoridades presentes estavam o vereador Milton Leite, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, Secretário Municipal de Saúde de São Paulo, representando o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, o almirante Antônio Barra Torres, diretor-presidente da ANVISA, e Vahan Agopyan, ex-reitor da USP e Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paul, Daniel Vilela, vice-governador de Goiás, além do Dr. Moyses Cohen, Dr. Cláudio Roberto e Dra. Selma Cernea, Jacques Leon Terpins, Samuel Szwarc, Eugênio e Eliana Vago, Elisa Griner, Mônica T. Hutzler, Fortuna Safdié e Drs. Eliézer Silva e Cristóvão Mangueira.
No discurso de encerramento, Sidney Klajner ressaltou as conquistas do Einstein, e enalteceu a importância da união de esforços para alcançá-las. “São conquistas que poderiam ser celebradas com música, mas organizações não têm a capacidade de cantar. Se tivessem, o Einstein certamente repetiria os versos de John Lennon na canção Imagine: “You may say I’m a dreamer/But I’m not the only one”. E, se pudesse falar, o Einstein completaria dizendo: eu vou continuar sonhando, porque sei que terei ao meu lado uma legião de sonhadores que fazem acontecer, que constroem novas realidades para o mundo da saúde”, disse.
Henrique Neves, Junia Gontijo, Dr. Claudio Lottenberg, Dr. Sidney Klajner e Moshe Safdie
Jack Leon Terpins e Samuel Szwarc ao lado de um amigo
Drs. Cláudio Roberto e Selma Cernea