Um dos maiores infectologistas do País, Jacyr Pasternak lança romance ácido e retrata acontecimentos históricos ainda recentes: a Covid-19
Com texto de quarta capa assinado pela médica infectologista Rosana Richtmann, a obra Tio Zulmiro não se chamava assim foi lançada dia 23 de março, data em que a quarentena completou 3 anos após seu decreto em SP
Médico especialista em infectologia e hematologia, Jacyr Pasternak, que há pelo menos cinco décadas dedica-se a pesquisas e serviços prestados na área da saúde, incluindo dezenas de livros científicos, desta vez traz sua contribuição de outra maneira – para a ficção literária – com a publicação de Tio Zulmiro não se chamava assim (editora Reformatório) que se passa no início do crítico período da pandemia de Covid-19.
A obra foi lançada em noite das mais concorridas na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, no dia 23 de março de 2023, data em que a quarentena completou 3 anos após seu decreto em São Paulo. Com a quarta capa assinada pela médica infectologista Rosana Richtmann, se debruça no tragicômico e no melodramático da máxima de que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo e tirar proveito da desgraça alheia, até mesmo quando esta pode atingir a si próprio.
Ao longo de três partes divididas em 17 capítulos, Tio Zulmiro não se chamava assim narra o golpe que um grupo de amigos arquiteta para aplicar nas pessoas, naturalmente desesperadas pela pandemia, e assim conseguir ganhar dinheiro “fácil”. Afinal, como afirma um dos personagens: “Em grandes crises, homens de visão encontram grandes oportunidades.”
Com uma linguagem fluida e num estilo carregado de humor, Jacyr Pasternak constrói um retrato das ambições, sonhos e relacionamentos de um grupo de amigos formados por parte de um povo que aprende a viver nos embates, aos trancos e barrancos, postos à margem da ordem social, que suportam ou criam formas de enfrentar de acordo com as circunstâncias e com a chamada malandragem imposta ou captada de um sistema viciado que continua transmitindo e infectando o povo com os males da desigualdade social, política e fiscal.
“Tio Zulmiro não se chamava assim” retrata de forma bem-humorada uma realidade perversa do espírito brasileiro de “querer levar vantagem em tudo”, sem medir consequências pessoais e coletivas. Vivenciamos esta situação na recente pandemia. O texto da obra é dinâmico e envolvente. Leitura ágil e exemplo real do nosso povo e nosso momento social, cultural e político. Acabei de ler, gostei muito do texto”, disse Rosana Richtmann.
Sobre o autor
Atualmente integrante do Laboratório Clínico do Hospital Albert Einstein – Sessão de microbiologia, Jacyr Pasternak é médico formado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É especialista em hematologia e infectologia, doutorado, em 1978, na UNICAMP, fellowship no MDAnderson Hospital, University of Texas Câncer Center, 1980 e 1981. Durante sua trajetória, ocupou vários cargos em serviços públicos, incluindo o de diretor do Hospital do Instituto de Assistência ao Servidor Público Estadual. Atua como médico no Hospital Albert Einstein há mais de 35 anos. Viveu duas pandemias de gripe e a pandemia do HIV – os primeiros casos brasileiros foram percebidos por Jacyr assim que chegou do seu fellowhip em Houston, Texas. É autor de diversos livros na área da medicina. Seu primeiro romance na ficção foi o policial Assassinato na Alame da Campinas, lançado em 2019. Antes, Pasternak escreveu contos médico-policiais a quatro mãos com Vicente Amato Neto.
Crédito das fotos: Dani Lima – Fotografando Afeto
Rosana Richtmann, médica e infectologista, ao lado de Jacyr Pasternak
Agente literária Marisa Moura e o escritor Jacyr Pasternak
Débora Pasternak, da Atena Capital, e Marcella Pasternak com Jacyr Pasternak
Os escritores Silvana Salerno e Fernando Nuno no lançamento do Dr. Jacyr Pasternak
Claudia Leonardi, do blog Mãe Literatura e Jacyr Pasternak
Os irmãos André Jacques, Susana e Débora Pasternak ao lado do pai, o escritor Jacyr Pasternak e da tia, a acadêmica Suzana Pasternak
Jacyr Pasternak rodeado por seu filho André Jacques, seu neto Leonardo e sua nora Ana Cristina