Cientista que estuda a pílula para a cura do câncer de mama esteve no Brasil
A renomada cientista israelense, Sarit Larisch, esteve no Brasil para apresentar pela primeira vez sua recente pesquisa sobre a descoberta de pílulas que eliminarão o câncer de mama.
A Dra. Sarit Larisch, que é chefe dos Departamentos de Biologia e Ciencias Médicas da Universidade de Haifa, visitou o País por poucos dias e falou para públicos diferenciados, seja na Sinagoga Beth El, Hospital Albert Einstein, clínica José Bento e Instituto do Câncer.
Em todos os lugares, a Dra. Larisch explicou mais sobre sua pesquisa inédita: “Temos uma nova estratégia para a prevenção do câncer de mama”, comenta a cientista. “Embora o tratamento de pacientes diagnosticados no começo dessa doença seja crítico para a sobrevida a longo prazo, atualmente não existem medicamentos ideais que possam interromper o desenvolvimento do tumor nesse estágio inicial.”
O estudo da Dra. Larisch dá uma abordagem completamente nova para interromper a progressão do câncer de mama; usando pequenas moléculas que podem reverter especificamente as células CM em estágio inicial de volta ao seu estado normal. O ineditismo vem da proteína ARTS, que fornece um “ponto de verificação” essencial impedindo que as células normais se tornem cancerígenas. Nas células mamárias “pré-cancerosas” em estágio inicial, o ARTS é inativado. A equipe da Dra. Larisch descobriu que o tratamento dessas células mamárias “pré-cancerosas” com pequenas moléculas que imitam a função do ARTS pode reverter essas células de volta ao normal. Agora, a equipe investiga os eventos moleculares que levam a esse fenômeno único de “reversão tumoral”, com o objetivo final de desenvolver nossas moléculas proprietárias para novos medicamentos preventivos para a clínica. Existe a previsão que mulheres diagnosticadas no início do câncer de mama serão tratadas com medicamentos de reversão do câncer semelhantes a outras doenças crônicas.
“Isso transformaria a doença potencialmente letal em uma condição controlável por medicamentos. Essa abordagem tem o potencial de revolucionar o atendimento global e a qualidade de vida das mulheres para milhões de mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama.”, explica Larisch.
QUEM É SARIT LARISCH
Nascida na romênia e criada desde pequena em Israel, a Dra. Larisch tem 63 anos e é chefe dos Departamentos de Biologia e Ciências Médicas da Universidade de Haifa. 6Ela recebeu seu B.Sc. em Biologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém e M.Sc. (summa cum laude) e Ph.D. do Lautenberg Center for General and Tumor Immunology, Hebrew University-Hadassah Medical School, Jerusalém.
A Dra. Larisch também recebeu o Fogarty International Research Fellowship Award por seus estudos de pós-doutorado no National Cancer Institute (NYC), National Institutes of Health (NIH), Bethesda, EUA. Naquela época, ela descobriu uma nova proteína que denominou ARTS.
O laboratório Larisch descobriu que ARTS é um interruptor central para iniciar a morte celular e prevenir a formação de câncer. A ARTS suprime o início de muitos tipos de câncer e está associada à regulação de outras doenças, como a doença de Parkinson e a doença inflamatória intestinal.
Dra. Larisch é Professora Visitante na Rockefeller University em Nova York, NY (EUA) desde 2002. Seu trabalho foi reconhecido com inúmeros prêmios e financiado por meio de uma série de bolsas competitivas de agências nacionais e internacionais. Muitos artigos descrevendo seu trabalho foram publicados em revistas científicas de alto nível, e ela é uma inventora registrada em doze patentes e pedidos de patentes com base em suas descobertas.
Avi Gelberg, Mariza de Aizenstein, André Lajst e Adrian Teper
Avi Gelberg, Sarit Larisch e Adrian Teper
Miriam Wasserman, Marcos Knobel, Mariza de Aizenstein, Sarit Larish e Elisa Nigri Griner