EXPOSIÇÃO EM SP RETRATA A VIOLÊNCIA DO GRUPO TERRORISTA HAMAS CONTRA MULHERES
“Unindo Vozes Contra a Violência de Gênero” reúne obras de 14 artistas israelenses
Obra retrata a violência cometida pelo Hamas
Depois de ser lançada com grande impacto em Israel, os paulistanos podem conferir até 21 de fevereiro, no Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – Consolação), em São Paulo, a impactante exposição “Unindo Vozes Contra a Violência de Gênero”, que reúne 22 painéis e uma animação idealizados por artistas israelenses explorando a tragédia ocorrida em Israel em 7 de outubro, quando terroristas do Hamas realizaram um ataque brutal no qual 1.200 pessoas foram cruelmente assassinadas, centenas sequestradas e meninas e mulheres, muitas das quais ainda continuam sequestradas, foram vítimas de violações, estupros e tiveram seus corpos dilacerados.
A iniciativa, que tem como proposta chamar a atenção sobre o uso do corpo da mulher como instrumento de guerra, é uma iniciativa da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) por meio do Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF), em parceria com o Consulado Geral de Israel em São Paulo e o Grupo Sky.
As obras são assinadas por Geffen Rafaeli, Hagit Frenkel, Keren Shpilsher, Marian Boo, Merav Shinn, Ben Alon, Noa Kelner, Omer Zimmerman, Or Yogev, Oren Fischer, Orit Magia Schwalb, Reut Asimani, Sigal Rak Viente, Tamar Kharitonov e Zoya Cherkassky.
Quem visitar a exposição poderá conferir trabalhos como “A Última Dança” de Marian Boo, que transformou a famosa “The Dance”, de Henri Matisse, em algo chocante, com mulheres dançando de mãos dadas, porém encharcadas de sangue, ou a obra de Or Yogev, que traz a israelense Shiri Bibas com seus dois filhos ruivos no colo, o bebê Kfir e seu irmão Ariel, e atrás deles cinco terroristas mascarados e armados. A família ainda continua sequestrada em Gaza.
Além de trazer a luz esses eventos chocantes, a Exposição destaca a importância da união global das mulheres na luta para acabar com a violência baseada em gênero e instiga a uma reflexão sobre a necessidade de condenar crimes contra a humanidade e responsabilizar seus autores, reafirmando o compromisso coletivo com um mundo livre da violência de gênero.
O evento de abertura, que aconteceu na terça-feira, 30, de janeiro, no Conjunto Nacional, contou com a presença da diretoria da Fisesp, representantes de entidades femininas e dos consulados de Israel, Alemanha, Índia e Japão, pessoas do mundo das artes e convidados, que tiveram a oportunidade de presenciar como mais uma vez a arte pode servir de ferramenta para se contar uma história. Neste caso, uma história cujas páginas vêm sendo escritas diariamente com tintas de sangue e lagrimas como pincéis. desde o fatídico 07 de outubro.
“Precisamos chamar a atenção sobre o uso do corpo da mulher como instrumento de guerra. É um crime a toda humanidade. O mundo não pode se calar.” frisou Miriam Vasserman, vice-presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e diretora do Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF).
O diretor da Fisesp, Ricardo Blay Leviski, que viabilizou a realização da exposição no Conjunto Nacional, destacou a importância da escolha deste local. “O Conjunto Nacional é um espaço público, democrático e com ampla circulação de pessoas. Essa é uma causa de todos nós e é muito importante que a comunidade paulistana possa ver a Exposição e ter um conhecimento amplo do que está acontecendo em Israel”, destacou ele, que trabalha e mora no Conjunto Nacional.
Para a presidente do Lar das Crianças da CIP, Fernanda Kalim, esta exibição em locais públicos é uma maneira de expor a realidade dos fatos e mudar a situação de silêncio sobre o tema. “Desde o dia 7 de Outubro todos nós temos experimentado sentimentos de sofrimento e revolta com as atrocidades cometidas, com a situação os reféns, com o recrudescimento do antissemitismo e também com o silencio de muitas pessoas em relação a tudo isso. Esta exposição ajuda a expor a barbárie que foi cometida contra mulheres e também sobre o silêncio de um segmento da sociedade exatamente sobre isso. Além do descaso com o fato de que 136 reféns ainda não foram libertados”.
“A realização desse evento é também um alerta às organizações humanitárias femininas, muitas das quais têm se silenciado sobre as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas. O mundo não pode fechar os olhos apenas pelo fato de muitas dessas mulheres serem judias ou israelenses”, concluiu o presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Marcos Knobel.
Fotos: Ruth Engelberg
Miriam Vasserman, o cônsul Rafael Erdreich e Ricardo Blay Levisky
Marcos Knobel, Miriam Vasserman e Ricardo Berkiensztat