CINCO CONSELHOS PARA VIVER MAIS. E MELHOR
Tem havido um verdadeiro modismo das “doenças herdadas pelo DNA”, além de uma certa paranoia do tipo “evitar todas as doenças”.
E há ainda uma sensação de que deve haver remédio para tudo, levando a uma falsa ideia de longevidade, em que só passamos mais anos doentes, em tratamentos infindáveis e sem esperanças de cura.
Viver de forma saudável pode começar pela eliminação dessas preocupações e desses enganos tipicamente “de época”, que quase sempre são criados por intervenções de mídias com pouca sabedoria.
Mas, eliminados os autoenganos, a busca do bem viver pode prosseguir pela adoção de práticas de vida mais realistas.
Veja cinco fatores que podem não apenas prolongar a vida de uma pessoa, mas também prolongá-la com qualidade.
Aproveite os benefícios dos exercícios
A pressão do cotidiano pode deixar uma pessoa com a sensação de que não há muito tempo para exercícios.
Mas vale a pena levar em consideração que, além da diminuição de peso, pode-se ganhar muito mais com o exercício.
As atividades físicas ajudam a manter o coração mais saudável, reduzindo o risco de vários problemas cardiovasculares, incluindo a pressão arterial alta e doenças cardíacas.
Além disso, manter-se fisicamente ativo pode reforçar a saúde mental e ajudar a gerenciar o estresse, a ansiedade e também a depressão.
O exercício frequente pode ajudar a alcançar e manter o peso ideal, reduzindo o risco de diabetes.
O exercício mais pesado, como a corrida, é especialmente bom para melhorar a densidade óssea e proteger contra a osteoporose.
E talvez não seja necessário entrar para uma academia: você pode começar evitando as escadas rolantes e os elevadores, não usando o carro para andar um ou dois quilômetros perto de casa e fazer pequenos consertos em casa. Só o fato de ficar menos tempo sentado já aumenta a expectativa de vida.
Cuide da saúde óssea
Durante a infância nossos ossos são fortes e, caso se quebrem, normalmente se recuperam com facilidade.
Mas, à medida que vamos envelhecendo, este processo fica mais lento e as articulações podem ficar mais frágeis.
A perda de densidade óssea começa a partir da meia-idade, seguindo o processo normal de envelhecimento.
Fatores ligados ao estilo de vida, como ter uma dieta rica em cálcio e se exercitar com frequência podem manter os ossos saudáveis e minimizar o risco de fraturas.
Mantenha-se socialmente ativo
A amizade é importante para a felicidade.
E, recentemente, foi demonstrado que os amigos também podem ajudar uma pessoa a viver mais.
Estudos sobre a solidão indicam que o isolamento social está associado a uma taxa mais alta de mortalidade entre idosos e que a solidão é um “assassino oculto” para os idosos.
Na mesma linha, pesquisas demonstraram que pessoas casadas vivem mais do que os solteiros. Os especialistas acreditam que isto se deve ao fato de que os casados, ou quem vive junto, têm uma rede de apoio social melhor, o que minimiza o risco de isolamento.
Tenha uma dieta saudável
Uma boa dieta é algo básico para se ter uma boa saúde e evitar certos tipos de comidas e bebidas pode ajudar a prolongar a vida.
Ingerir muitos alimentos de alto conteúdo calórico, como doces ou gordura, pode levar ao aumento de peso e à obesidade.
Algumas gorduras são conhecidas por serem particularmente ruins para a saúde. Os ácidos graxos trans, por exemplo, podem estar presentes em algumas marcas de margarinas, biscoitos, tortas e fast-food.
Este ingrediente pode aumentar o nível do colesterol ruim, o que aumenta significativamente o risco do bloqueio de artérias e outras complicações.
Reduzir a ingestão do sal também é importante para manter o coração saudável pois consumir muito sal pode levar à hipertensão, o que, por sua vez, pode ocasionar problemas cardíacos, derrames e outras complicações.
Consumir muitas bebidas alcoólicas também pode ter efeitos devastadores na saúde. Não apenas a ressaca do dia seguinte a uma bebedeira, mas também, no longo prazo, pode causar danos em vários órgãos.
O abuso crônico de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de doenças do fígado.
E não se pode esquecer do cigarro. São muitos os estudos que alertam para o perigo para a saúde, pois fumar aumenta o risco de desenvolver cerca de 50 doenças graves.
O fumo é a causa de 90% dos casos de câncer de pulmão, prejudica o coração e a circulação arterial, piora as doenças respiratórias e afeta a fertilidade.
E os estudos sobre o DNA?
Boa parte das investigações sobre envelhecimento está se concentrando no papel dos telômeros, que são “tampas” protetoras que se encontram no final dos cromossomos, algumas vezes parecidos com o que vemos no final de um cadarço de sapatos.
Seu papel é proteger o final dos cromossomos para evitar a perda de informação genética durante a divisão celular.
Cada vez que as células se dividem, a ponta dos telômeros fica menor. Com o tempo, encolhem tanto que a divisão celular pára, levando à morte da célula. Este é um processo bem documentado conforme envelhecemos.
Mas, assim como o DNA não tem todas as respostas, e que é possível alterar nossos genes pelo nosso comportamento, o que será que determina o tamanho dos nossos telômeros? Esta resposta a ciência ainda não tem.
E, dada a finitude natural do ser humano – nosso corpo não é eterno, ainda que possa durar mais do que dura hoje -, talvez devamos nos concentrar em viver melhor o tempo que vivemos do que nos preocupar em viver um outro tempo que ainda não chegou. E o único tempo que temos para viver bem é o presente.
Veja outros conselhos para viver bem e para viver mais nas reportagens abaixo:
- Como chegar bem aos 100 anos de idade
- Você quer viver até os 150 anos?
- Otimismo melhora saúde e faz viver mais
- Para uma vida mais saudável e mais longa, coma menos
- Para viver mais, fique frio e coma wasabi
Fonte: www.diariodasaude.com.br – com informações da BBC