O NOVO HOTEL PONTA VERDE PRAIA DO FRANCÊS
Numa das praias mais bonitas do Brasil, o mais novo hotel do grupo Hotéis Ponta verde abriu suas portas em janeiro deste ano.
HOTEL PONTA VERDE PRAIA DO FRANCÊS
Rica em história, arte popular e de uma natureza exuberante. Assim é Marechal Deodoro (AL), cidade escolhida para mais um empreendimento do Grupo Ponta Verde: O Hotel Ponta Verde Praia do Francês, inaugurado em janeiro de 2013.
Para melhor entender (e contemplar) a arquitetura e decoração do prédio, é necessário um mergulho na História do Município, datada do século XVI.
MARECHAL DEODORO
Por volta de 1591 surgiu o povoado de Magdalena do Sumaúma. Favorecido pelos canais da lagoa Manguaba, que ligam a cidade ao mar, desenvolveu-se como um forte pólo de cultivo e produção de açúcar no sul da Capitania de Pernambuco. Em 1817 tornou-se a Capital da Província de Alagoas. Mas foi em 1939 que passou a ser conhecida como é hoje, Marechal Deodoro, numa homenagem ao filho ilustre da terra, o Proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca.
Em 2006, o reconhecimento de seu rico acervo arquitetônico e urbanístico foi oficializado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que decretou o Tombamento Federal. O título de “Cidade Histórica, Patrimônio Nacional” expressa a importância que apresentou diante do processo de povoamento e de estruturação urbana, com suas edificações predominantemente térreas que se mesclam entre edifícios religiosos (Matriz N. S. da Conceição, igrejas N. Sra. do Rosário e N. Sra. do Amparo, Igrejas Carmelitas, Igrejas da Ordem Franciscana ,de Ordem 1… e 3…, e o Convento).
Destaque também para o artesanato, cuja produtividade é muito intensa. Marechal Deodoro notabilizou-se como um centro de excelência de rendeiras do Filé e Labirinto com peças brancas e coloridas. A técnica Singeleza, em Bico e Renda, tecidos com linha e agulha, a partir de pequenos talos de palha do coqueiro, era transmitido de mãe para filha. A cena de artesãs confeccionando suas artes em teares, na porta de suas casas, faz parte da paisagem urbana.
Em todos os ambientes do Hotel Ponta Verde Praia do Francês, a cada centímetro, está expressa a alma cultural desse povo, como objetivou o empresário Mauro Vasconcelos. Esse encontro do contemporâneo com as tradições e culturas regionais valoriza o Município e sua gente, despertando o interesse dos hóspedes em visitar a cidade do Brasil colonial, com seus casarios, igrejas e museus.
O HOTEL
Diante de tanta riqueza natural e cultural, o Hotel Ponta Verde Praia do Francês não poderia deixar de homenagear a história, cultura e costumes de Marechal Deodoro e da sua tradicional e famosa vila: a Praia do Francês. Todo o conceito arquitetônico e visual do empreendimento foi pensado e planejado para que os elementos locais fossem valorizados, evidenciando os artistas locais. Desde a sua entrada, no hall principal do hotel, até o detalhe das varandas dos apartamentos, o artesanato e a musicalidade do povo são reverenciados.
Dos tradicionais instrumentos de pesca aos objetos de decoração projetados em releitura às rendas e todo o bem material e imaterial serviram de base para a conceituação do primeiro hotel do litoral Sul de Alagoas.
RECEPÇÃO
Da textura dos pilares que remetem à pintura à cal, ao balcão revestido com ladrilho hidráulico estilizado na releitura do charmoso ponto de “Filé” resultado de um projeto do designer Rodrigo Ambrósio em conjunto às rendeiras de Marechal Deodoro.
Já toda a decoração do lobby principal remete ao ambiente praiano, com canoas usadas de forma decorativa e funcional. Por onde se olha, há um detalhe especial, como a antiga casa de farinha, utilizada nos engenhos do século XIX no interior de Alagoas. A imponente fachada é adornada por amplas varandas que apresenta em seu desenho uma releitura ao tradicional ponto de “Filé”.
Restaurante e Piscina
Em homenagem aos pescadores da praia do Francês, a antiga e rústica âncora, Fateixa, dá o nome ao restaurante próximo ao hall principal. Nesse ambiente, a referência às atividades pesqueiras é extensiva às práticas ocorrentes e instrumentos, tradicionalmente utilizados nos mares e lagoas.
Na área da Piscina, o Bar e Restaurante Rabeca, exclusivo para hóspedes, faz uma singela homenagem aos músicos de Marechal Deodoro. O nome vem do instrumento folclórico parecido com um violino de cultura popular. De tom mais baixo, tem um timbre estridente e peculiar. Suas afinações variam de acordo com o rabequeiro. O mais famoso deles é “Nelson da Rabeca”, cidadão de Marechal Deodoro, músico autodidata e artista ímpar, que já representou sua terra em festivais na Europa.
O Bar e Restaurante Rabeca também faz menção às bandas de pífano da cidade, bastante tradicionais em Marechal Deodoro. Um grande painel pintado à mão pelo artista plástico Paulo Caldas decora a área da piscina. Rabecas esculpidas por Nelson também dão um charme a mais ao local.
APARTAMENTOS
As janelas em madeira, que todos os dias são abertas nas ruas simples de Marechal, são referências para toda a conceituação em elementos arquitetônicos do hotel, refletindo a tradição do casario secular do centro histórico local. É possível, então, ver no hall do elevador a releitura de uma janela colonial, que também aparece como quadros nos apartamentos em diferentes cores.
Nos apartamentos voltados para o mar, as paredes e móveis são na cor branca, em alusão à areia branca da beira do mar e também para melhor atrair a luz natural, enquanto que nos apartamentos com vista para a Vila, voltados para a direção geográfica sudoeste onde localiza-se a Lagoa Manguaba, têm as paredes em tons mais escuros da cor da areia da lagoa, recebendo estes ainda, móveis em textura amadeirada remissiva às madeira dos barcos que navegam nas suas águas.
Para chegar a esse resultado, a arquiteta Júlia Tavares contou com o apoio da historiadora Carmen Dantas e com a parceria dos designers e arquitetos Rodrigo Ambrósio, Rosa Maria Piatti, Paulo Caldas, Maria Amélia Vieira e Dalton Costa, além da rendeira Teresa do filé. O trabalho, feito a muitas e boas mãos, surpreendeu a todos.
O Hotel Ponta Verde Praia do Francês dá as boas vindas a seus visitantes apresentando os valores culturais deodorenses. Perceber os elementos que revestem e colorem a arquitetura do hotel é deixar-se envolver por referências vivas de uma cidade na qual seus cidadãos defendem diariamente.