SEJA ALEGRE E FIQUE SAUDÁVEL

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Pessoas com temperamento alegre são significativamente menos propensas a sofrer um evento coronariano, o que resulta diretamente em um aumento na longevidade.

 

Adotar uma perspectiva positiva em relação à vida tem um efeito direto na redução de eventos potencialmente fatais, como ataques cardíacos.

O resultado é que pessoas com temperamento alegre são significativamente menos propensas a sofrer um evento coronariano, o que resulta diretamente em um aumento na longevidade.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que as pessoas deprimidas e ansiosas são mais propensas a ter ataques cardíacos – e morrer por causa deles – do que pessoas com disposição mais otimista.

Mas, como essas comparações são sempre feitas contra uma média, os pesquisadores queriam saber se uma sensação geral de bem-estar – sentir-se alegre, descontraído, cheio de energia e satisfeito com a vida – teria um efeito positivo real sobre a saúde cardíaca.

Foi o que o que eles confirmaram além de qualquer suspeita.

Alegria no coração

“Se você é, por natureza, uma pessoa alegre e olha para o lado positivo das coisas, você está mais protegido dos eventos cardíacos,” conta a Dra. Lisa Yanek, da Universidade Johns Hopkins (EUA). “Um temperamento mais feliz tem um efeito real sobre a doença e, como resultado, você se torna mais saudável.”

É claro que muitos podem argumentar que as pessoas que têm a sorte de ter características pessoais tão positivas também são mais propensas a cuidar melhor de si mesmas e ter mais energia para fazer isso.

Yanek diz que o trabalho levou esse argumento em consideração, mas sua pesquisa mostrou que as pessoas com níveis mais elevados de bem-estar também apresentam muitos fatores de risco para as doenças coronarianas – ainda assim, elas tiveram menos eventos cardíacos graves.

O bem-estar positivo dos participantes foi associado com uma redução de 33% dos eventos coronarianos. Entre aqueles considerados com maior risco para as doenças cardíacas, houve uma redução de quase 50% nos eventos graves.

Os resultados levaram em conta outros fatores de risco de doenças cardíacas, tais como idade, tabagismo, diabetes, níveis elevados de colesterol e pressão arterial elevada.

O acompanhamento dos voluntários foi feito durante 12 anos.

Mente e corpo

Apesar da constatação inquestionável, os pesquisadores admitem que os mecanismos por trás do efeito protetor do bem-estar positivo ainda terão que ser desvendados – quais moléculas são ativadas e como elas atuam no sistema circulatório etc.

Adiantando sua própria interpretação, a Dra Yanek observa que a pesquisa oferece insights sobre as interações entre mente e corpo, e pode fornecer pistas para estudar esses mecanismos.

 

Fonte: www.diariodasaude.com.br

 

Imagem: Johns Hopkins Medicine