EXPOSIÇÃO “FUSÕES” DE GREGORIO GRUBER E DEBORA MUSZKAT

Postado em 7 de setembro de 2013 Por admin FIQUE POR DENTRO, NÃO DEIXE DE LER

Abertura dia 9 de setembro, como parte das comemorações dos dez anos da casa.

 

Série de obras produzidas em dupla com os temas memória e resiliência integram a mostra que será inaugurada em setembro.

O Centro da Cultura Judaica recebe, a partir do dia 9 de setembro, a exposição Fusões, assinada por Gregório Gruber e Debora Muszkat. A mostra apresenta obras nas quais os artistas trabalharam em conjunto por mais de um ano e integra as comemorações de dez anos da sede própria da instituição.

As telas retratam personalidades que têm, como traço comum em sua formação, valores essenciais à tradição judaica como a cultura no sentido de educação, a formação artística e a dedicação aos estudos. Dentre as cinquenta personalidades retratadas, destacam-se Hannah Arendt, Lucien Freud e Marina Abramovich. Estas foram protagonistas de seu tempo e colaboraram para transformar a História não somente da comunidade judaica, mas de toda a Humanidade.

O projeto foi idealizado a partir da maneira como Debora lidou com a convalescência de seu pai, que teve início em junho de 2012.Fusões parte de uma homenagem a ele – quem a artista considera um viabilizador de transformações fundamentadas em seus princípios, crenças e vivências.

Sob este aspecto, a mostra é também uma ode ao poder que a Arte possui em colaborar para que possamos nos compreender melhor e enfrentar nossos medos e angústias para, deste modo, superar as demandas incompreendidas de nossa existência.

Com fascínio por culturas distintas e pelas mais profundas emoções humanas, Gregório Gruber, que naquele momento concluía um trabalho para a exposição que realizou com Debora no Museu do Perfume, foi convidado pela artista a participar do projeto que ainda não havia tomado forma definitiva.

A ideia inicial da homenagem ao pai de Debora evoluiu naturalmente para Fusões. O tema foi acrescido também por uma reverência ao desenvolvimento da cultura judaica em nossa sociedade atual, uma vez que esta tem como uma de suas características a fusão de culturas.

Refletindo sobre trabalhos artísticos coletivos ou em dupla que marcaram a História da Arte, Gregório e Debora observaram que, em determinados períodos, ocorre uma atração que potencializa a troca de informações. Parcerias como as de Pablo Picasso e Georges Braque, Auguste Rodin e Camile Claudel e, mais recentemente, o convite que Maria Bonomi fez ao público para participar de sua obra, são emblemáticas deste fenômeno.

No desenvolvimento do trabalho a quatro mãos, espontaneamente emergiu também a fusão de materiais e de linguagens. Tendo por suporte telas e papéis engessados, materiais como carvão, sanguínea, pastel, tintas a óleo e acrílica, que se somam, ainda, a recursos de colagem e fotografia para melhor expressar a essência de cada personagem em questão, compondo, assim, o perfil psicológico do retratado.

Durante o processo, ideias e materiais foram se misturando e se transformando, o que teve por resultado uma série de obras com características diferentes dos estilos individuais de cada artista.