36º FESTIVAL CARMEL – TODOS OS ASPECTOS DA VIDA NUM GIRO DE 360º GRÁUS
A 36ª edição do Festival Carmel foi concebida como um círculo. Dias 9, 10 e 11 de dezembro coreógrafos, professores e dançarinos farão um giro de 360º abrangendo com sua arte todos os aspectos da vida.
A história do Festival Carmel sempre foi ligada à alegria. Quem desembarca em São Paulo, vindo de Israel, Argentina, das cidades de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e também os paulistanos inscritos no evento, imagina dois dias frenéticos com novos e antigos amigos e tendo como trilha sonora as músicas que unem gerações de judeus de todos os cantos do planeta.
O Festival Carmel 360º terá tudo isso, e também uma homenagem a Shimon Peres (z’l) falecido em setembro último. Ele dará o nome e será o tema do show da noite de sábado. “A ideia é representar por meio das coreografias momentos da vida dele e somar mais uma homenagem às muitas que ele certamente merece”, comenta a diretora artística do festival, Nathalia Benadiba.
Mas antes desse momento solene, a programação do Festival Carmel 360º terá muito da amplidão sugerida pelo tema escolhido para este ano. “Um bom exemplo será o show de talentos que dará aos coreógrafos iniciantes a oportunidade de mostrar seu trabalho. Muitos dos coreógrafos que hoje atuam nas escolas e clubes estrearam no Festival Carmel”, conta Nathalia.
Um das mudanças da 36ª edição será o show de danças massivas, na noite de sexta-feira, no Centro Cívico, para dançarinos e também aberto ao público. O Kabalat Shabat de boas vindas será no Espaço Adolpho Bloch. “A organização inclui um desafi o adicional aos grupos escalados para se apresentar no show especial ‘Maagal’, que será realizado logo após a abertura. Montaremos um palco circular de modo a que as danças, todas massivas, deverão prestigiar todo o público ao redor. No caso de palcos tradicionais, em geral o público está em frente e os dançarinos se movimentam quase sempre voltados para ele”, antecipa Nathalia, que coordena o Centro de Danças e, no Carmel, acumula a direção artística. “O diretor geral é o Gaby Milevsky, sem o qual muito do que se vê no Festival não existiria”, completa ela.
A novidade será seguida de uma tradição no Carmel, a harkadá (dança de roda) regada a sorvete. “Nos festivais de dança, tudo acaba em harkadá, não importa qual o cardápio”, brinca Nathalia. Para este ano, foi convidado o markid (professor de dança) Sagi Azran, que iniciou carreira em Israel e hoje é um dos mais festejados profissionais na comunidade judaica de Los Angeles. “Ele tem muito sucesso entre os jovens e muita gente viaja só para participar de um seminário de danças com ele”, destaca Nathalia.
Azran vai ensinar novas danças nas harkadot e na Maratona 360 Minutos, mas ainda antes do Festival ele dará uma pré-harkadá na quinta à noite e ministrará um workshop durante o dia, sexta-feira. “Para muitos dançarinos, o segundo final de semana de dezembro será muito longo”, observa Nathalia.
Gente de Israel
Além de Azran, o Festival Carmel 360º contará com a participação da lahakat Machol Midbar, da cidade de Maalê Edumim, em Israel. “É bom ver o trabalho que os grupos desenvolvem. Esse intercâmbio é uma das características do Festival Carmel desde a primeira edição”, enfatiza Nathalia, que estreou no Carmel em 1990.
Dança e integração têm sido as marcas registradas do Festival e, a cada ano, os organizadores oferecem novas propostas na programação. O Boteco Carmel foi uma que ganhou a simpatia dos dançarinos. “Este ano, no final da tarde, teremos música com um grupo que faz sucesso com sertanejo universitário. Além dessa atração, teremos um workshop de capoeira, tipo de luta que faz muito sucesso entre os convidados do exterior e, por que não dizer, entre os brasileiros também”, pondera.
Os ingressos para os shows de sábado e domingo à noite já estão à venda. Nathalia guarda segredo a respeito do show de encerramento do Festival Carmel 360º. “Temos muitas surpresas, mas até chegarmos a ele, haverá vários shows, inclusive o infanto-escolar, e espero que os dançarinos e os sócios aproveitem cada minuto com tanto entusiasmo como nós, da organização, já na fase final de preparação. Afinal, o tempo voa em 360º!”, diz Benadiba.