LANÇAMENTO DE LIVROS

Dos mais variados assuntos, aqui estão cinco livros novos. Confira quais são.


“CENTRO CRISTÃO LANÇA LIVRO O LIVRO “JUBILEU DE OURO DO DIÁLOGO CATÓLICO-JUDAICO”
“COMENTÁRIOS À LEI DA MEDIAÇÃO”
“DIEZ MITOS SOBRE LOS JUDIOS” – LANÇADA VERSÃO EM ESPANHOL
“A DESORDEM DOS FATORES” DE ARON KREMER
“ARTE E NATUREZA – MUSEUS A CÉU ABERTO”


“CENTRO CRISTÃO LANÇA O LIVRO “JUBILEU DE OURO DO DIÁLOGO CATÓLICO-JUDAICO”

280_fique_1_1O Centro Cristão de Estudos Judaicos lançou em outubro o livro “Jubileu de Ouro do Diálogo Católico-Judaico: primeiros frutos e novos desafios”, quarta obra de sua coleção Judaísmo e Cristianismo. A obra inspira-se no 50º aniversário da declaração conciliar Nostra Aetate, a qual apresenta o desejo manifesto da Igreja em seguir e aprofundar o diálogo inter-religioso, de um modo específico com o judaísmo. A comemoração se deu em São Paulo no ano de 2015, no Teatro Tuca da PUC-SP. Na ocasião, o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, encontrou-se com o cardeal de São Paulo Odilo Pedro Scherer, com Fernando Lottenberg, presidente da Conib, e com Michel Schlesinger, rabino da CIP e representante da Conib para o diálogo inter-religioso, além de outras importantes personalidades dos meios católico e judaico.

“Este livro é um novo e importante reconhecimento do trabalho de aproximação que judeus e católicos vêm desenvolvendo no país, ao longo das últimas décadas. As conquistas obtidas devem servir como evidência da capacidade que o homem possui de superar conflitos do passado e construir pontes de coexistência. É nossa tarefa estender esse entendimento para as bases de cada comunidade, bem como para estabelecer conexões com outras religiões”, declarou Lottenberg.

A apresentação foi escrita pelo rabino Michel Schlesinger e pelo cônego José Bizon.

A coleção “Judaísmo e Cristianismo” – O Centro Cristão de Estudos Judaicos é mantido pelos religiosos de Nossa Senhora de Sion, com a colaboração de associados cristãos e judeus. O objetivo da coleção “Judaísmo e Cristianismo” é cultivar o conhecimento mútuo entre judeus e cristãos, valorizar o enraizamento judaico das Sagradas Escrituras e o diálogo entre judeus e cristãos a partir do patrimônio espiritual comum.


“COMENTÁRIOS À LEI DE MEDIAÇÃO”

280_fique_1_2O livro “Comentários à Lei de Mediação” (Editora Migalhas), do advogado Rubens Decoussau Tilkian, mostra como essa atividade, em desenvolvimento no Brasil, contribui para o avanço e a agilidade da Justiça e para que as pessoas valorizem o diálogo e sejam protagonistas na solução de seus conflitos.

A obra, lançada em 29 de novembro p.p., esclarece de modo amplo e didático todos os aspectos da mediação, que não se confunde com a arbitragem e não tem natureza jurisdicional/adversarial. “Seu objetivo é fazer com que as partes possam, elas próprias, com o auxílio de um terceiro independente e imparcial, que conduzirá o procedimento, chegar a um consenso que ponha termo ao conflito, sendo responsáveis por suas próprias decisões”, enfatiza o advogado e mediador Rubens Decoussau Tilkian. O autor explica que a existência de um processo judicial ou arbitral em curso não impede que as partes submetam-se à mediação. A única exigência da lei é que elas requeiram ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo necessário à solução consensual da disputa. Para o jurista, “verdadeira e salutar medida seria conscientizar a população brasileira acerca da importância de se buscar o diálogo”, por meio da mediação, antes de se começar qualquer processo, ou no curso dele (com a respectiva suspensão). “Trata-se de procedimento consagrado em países desenvolvidos, responsável pela eficaz solução de litígios, ao lado do Poder Judiciário. Assim, a sociedade deveria incorporar e disseminar a cultura da mediação em nosso país”.

O livro conta, ainda, com um conteúdo especial, intitulado “A prática da mediação no Poder Judiciário na visão de um magistrado”, escrito por Ricardo Pereira Júnior, Juiz da 12ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Central do Estado de São Paulo. Ele é coordenador Geral do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em suas 237 páginas de conteúdos, além dos textos dos três magistrados, “Comentários à Lei de Mediação” explicita a norma, artigo a artigo, dissecando o tema. Trata-se de leitura esclarecedora para advogados, magistrados, membros do Ministério Público, executivos de empresas e todas as pessoas que não só buscam atuar como mediadoras, como também desejam fazer do diálogo e do entendimento um novo caminho para a solução de seus conflitos.


“DIEZ MITOS SOBRE LOS JUDIOS” – LANÇADA VERSÃO EM ESPANHOL

280_fique_1_3De autoria de Maria Luiza Tucci Carneiro, acaba de ser lançado a versão em espanhol do livro “Diez mitos sobre los judios” (Editora Cátedra), à venda nas livrarias da Espanha. O prefácio é de Xosé Manoel Núñez Seixas, da Universidade de München (Alemanha). A versão em português foi lançada pela Ateliê Editorial, em 2014. Ambas as edições foram publicadas no formato de “livro de bolso”, como se fosse um breviário, analisando dez mitos que corroem o imaginário incitando o ódio aos judeus e fortalecendo as narrativas antissemitas. Mais informações: acesse aqui.


“A DESORDEM DOS FATORES” DE ARON KREMER

A união da prosa e da poesia permite entendimentos diferentes sobre a mesma história

A Desordem dos Fatores: Prosa precária e falsos poemas de Joel Pink, o primeiro romance de Aron Kremer, apresenta a pulsão e a paixão como elementos centrais do livro. Lançado pela Ornitorrinco Editora, a singular narrativa não linear do autor contém capítulos intercalados por poemas metafóricos aliados a uma prosa ágil.

Em sua narrativa, Kremer encontrou um paralelo para os desafios com os quais nos defrontamos no dia a dia. Seu texto rememora a saga de Abraão que, ao chamado do seu Deus, sai de Ur, na Mesopotâmia, à procura da Terra Prometida, acossado pelo conflito entre suas duas paixões que condicionam seu comportamento errático na tentativa desesperadora de manter ambas, a mulher e a amante. O conflito acaba se tornando uma âncora no mar revolto que o cerca nas circunstâncias ardilosas da vida.

“Sempre me perguntei o que determina as decisões espontâneas das pessoas quando optam por atitudes que de momento lhes parecem triviais ou importantes e como saber as consequências futuras das mesmas”, explica o autor e continua, “às vezes percebo que minhas certezas são um ledo engano e que nas incertezas está a verdade assim, com o passar dos anos aprendi desconfiar das certezas e respeitar as incertezas”.

Aquilo que no Velho Testamento aparece como um Chamado Divino, reflete a pulsão. A pulsão do inconsciente, a paixão tem um objeto. Segundo Kremer, as pulsões tanto, quanto as circunstâncias, conduzem nossa existência. Na trajetória de Abraão, as pulsões e paixões se misturam e determinam seu destino. Na história do personagem de A Desordem dos Fatores, também. “O homem moderno, como consequência da globalização, à procura de sustento e carreira, das convenções sociais, religiosas e étnicas, é muitas vezes nômade e, quando os membros se tornam adultos, a família se atomiza”, diz o autor.

A Desordem dos Fatores reflete as perguntas que norteiam os escritos do autor: O homem está sempre dividido entre suas pulsões, paixões e o dever? O nomadismo errático milenar do povo judeu é uma fatalidade ou seu destino? Em que medida, no mundo globalizado, o homem moderno repete a mesma trajetória?

“De certa forma escrevi este livro para entender a minha trajetória. Saí do Brasil para viver em um kibutz em Israel. Muitas vezes pensei em fazer o caminho de Abraão e, quando voltei ao Brasil, cheguei a planejar com um amigo uma viagem ao Iraque e à Síria para tentar refazer a trajetória e escrever um diário sobre nossa aventura. Meu amigo teve uma morte precoce e os acontecimentos belicosos no Oriente Médio se sucederam e assim o projeto foi abortado. Foi então que comecei a pensar qual seria a saga de um Abraão em nossos dias e desta forma nasceu o livro”, comenta Aron Kremer.


ARTE E NATUREZA – MUSEUS A CÉU ABERTO

“Arte e Natureza – Museus a Céu Aberto” destaca lugares surpreendentes, remotos e com obras de arte intensas que chamam a atenção pela exuberância entre arte e natureza

Com curadoria de Serena Ucelli e textos de Waldick Jatobá, a Luste Editores lança Arte e Natureza – Museus a Céu Aberto com fotos de 27 parques escultura ao redor do mundo. O primeiro a ser destacado na publicação é o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, que apresenta uma verdadeira relação espacial entre arte e arquitetura, inserido em uma área de reserva florestal que faz parte do Bioma Mata Atlântica. Em mais de 270 páginas, o conceito da publicação é a de mostrar como parques e artistas, de renome internacional, pensaram suas obras de arte em total harmonia com espaços da natureza.

São muitos os parques escultura ao ar livre no mundo que são incrementados a cada ano com inúmeras iniciativas artísticas. Eles permitem abrir o diálogo entre arte e natureza, incentivam a relação entre o homem e o espaço; é um portal para vislumbrar a essência do que existe em volta e a abordagem íntima entre parque e artista com o ambiente que têm como suporte para as suas obras a própria paisagem. Os museus a céu aberto emocionam porque se relacionam com o ambiente ao redor, seja este o fundo do mar, o deserto, a floresta ou as montanhas, proporcionam uma experiência real e intransponível com sua amplidão.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” (Antoine Lavoisier)

“Em cada parque, um vasto trabalho minuciosamente ligado ao local faz com que a expressividade, a força do cenário e a exposição ao clima monumentalizem as obras de arte. Uma obra que não é possível ser exibida em museus ou galerias. O próprio conceito de museu, como abrigo de obras, estaria inadequado. Esses espaços e suas diferentes características promovem também a interdisciplinaridade entre atividades artísticas, sociais e ambientais ao redor do mundo” afirma a autora e curadora do livro, Serena Ucelli.

“Nos parques, a arquitetura e a escultura chamam um ao outro. As obras permitem entrar em contato direto com a construção do espaço ocupado pela arte. O artista encontra uma nova dimensão espacial, a arte como parte de um processo começa a dialogar com o contexto e a paisagem torna-se ‘paisagem de arte’”, diz Serena.

Para experimentar as obras no meio do gigantismo da natureza nos museus a céu aberto é proibido não tocar, é proibido não participar. “Podemos escutar o som do centro da terra por meio de uma obra de arte, de olhos fechados, não somente com a visão, como somos acostumados. Por meio da arte, conhecemos outras maneiras de ‘ver’ o mundo”, conclui a autora e curadora.

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