MEMÓRIAS DA QUARENTENA – POR ARNALDO NISKIER

“Memórias da Quarentena” teve lançamento virtual no dia 16 de setembro, em minhas redes sociais. A obra tem concepção gráfica de Isio Ghelman e a bela ilustração da capa foi assinada por Cláudio Duarte.

Debruçado sobre minhas próprias lembranças, tentando entender o que acontece com o mundo em meio à maior pandemia enfrentada pela minha geração, passei a maior parte do tempo de confinamento escrevendo.

Enquanto cientistas dos centros mais avançados do mundo dedicam suas vidas às pesquisas em busca da tão aguardada vacina, perdemos entes queridos e muitos nomes preciosos de nossa cultura, vítimas do terrível coronavírus. No plano pessoal, perdi um irmão, nosso querido Odilon, e dois primos, a saudosa Rosa e o não menos querido Carlos Alberto, todos muito amados. Sem falar dos extraordinários talentos de Aldir Blanc, Moraes Moreira, Daisy Lúcidi, Flávio Migliaccio, Garcia Roza, Rubem Fonseca, José Itamar de Freitas e tantos outros que se foram vitimados pela doença.

Sem me esquivar dos momentos de sombra, fui registrando em texto várias passagens da minha memória, ao longo dessa forçada quarentena. Vieram à tona lembranças de minha trajetória, incluindo a experiência de muitos anos de magistério, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde me tornei Doutor em Educação e professor titular de História e Filosofia da Educação, depois de ter passado pelas áreas de Matemática e Administração Escolar e Educação Comparada. Trata-se de uma vivência nada desprezível, de quase 40 anos, numa instituição que segue sendo uma das principais do país.

Valendo-se desse tempo aberto pelo necessário isolamento social, reuni 85 textos sobre algumas lembranças desse rico passado, incluindo poemas para a minha família e registros sobre Filosofia e Educação. Como resultado, lancei, pela Editora Consultor, mais um livro. “Memórias da Quarentena” teve lançamento virtual no dia 16 de setembro, em minhas redes sociais. A obra tem concepção gráfica de Isio Ghelman e a bela ilustração da capa foi assinada por Cláudio Duarte. O número 85 representa um texto para cada ano da minha vida.


ARNALDO NISKIER – Membro da Academia Brasileira de Letras, presidente do CIEE/RJ e formado em Matemática e Pedagogia. Saiba mais.

aniskier@openlink.com.br

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