MINHAS PAIXÕES – ISRAEL E SEU EXÉRCITO – POR MENDY TAL

Mendy Tal e seu filho André na Hebraica de São Paulo durante a homenagem prestada aos ex-combatentes de Tsahal


Nunca deixei, deixo, ou deixarei de defender Israel e o povo judeu em qualquer instância, por todas as formas cabíveis.

Sendo um marroquino vivendo em Paris, escolhi viver em nossa Terra Sagrada e em 01/08/1969 cheguei em Israel.

Poderia ter escolhido ser um residente temporário, mas minha determinação em servir meu povo me levou a ser um cidadão israelense, um imigrante, oleh chadash.

Após terminar meus estudos, poderia ter continuado para a Universidade, mas preferi ser um combatente das Forças de Defesa de Israel, Tzahal. Ingressei no exército em 04/08/1971, como Chaial Boded ( Soldado sem família).

A vida de um imigrante no exército israelense não é fácil porque, além de falar mal o hebraico, somos considerados ainda forasteiros.

No decorrer de minha vida militar não faltaram percalços.

De repente, em pleno dia de Iom Kippur, em 06 de outubro de 1973, eu, ainda estacionado de plantão na base, recebemos o aviso de que explodira uma guerra.

Na mesma noite começamos a subir desde Gush EtzIon para as colinas do Golan.

Esta guerra de Yom Kippur não foi tão tranquila como outras. Demorou um tempo para que tivéssemos as munições necessárias.

Um detalhe inesquecível para mim foi ver como o país inteiro se mobiliza.

Mulheres ao redor de nosso caminho se colocavam ao lado dos veículos, oferecendo comida e pedindo nossos telefones para avisar nossos parentes que estávamos bem. Ainda não existiam celulares.

Passei por várias situações alarmantes e até fui ferido na perna.

Por isso, as autoridades militares me colocaram em um caminhão junto com os feridos após um bombardeio em Chushnieh, para que eu voltasse para casa e não teria mais que lutar e enfrentar os sírios.

Ao perceber que estava me afastando do campo de batalha e de meus companheiros de luta, não resisti e pulei do caminhão em movimento. Eu jamais os abandonaria.

Percebi que tinha um semi blindado (Zaclam) saindo para uma missão e me incorporei ao grupo.

Tinha praticado um ato de heroísmo sem me aperceber. A notícia se espalhou. Quando voltei da missão fui rodeado por muita gente.

Foi então que me tornei um israelense, que me aceitaram inteiramente como cidadão da terra, como eles.

Depois das batalhas, com nossa vitória, ainda ficamos baseados nas colinas do Golan, durante um inverno especialmente rigoroso.

Ao final de meu tempo de serviço, em 1974, quando resolvi estudar Sociologia na Universidade de Génève, senti a emoção de ter cumprido minha missão de defender nossa pátria.

Apesar de não viver hoje em Israel, minha paixão por essa terra continua inabalável e muitos dos meus artigos são a prova do amor que sinto por Eretz Israel.

Nunca deixei, deixo, ou deixarei de defender Israel e o povo judeu em qualquer instância, por todas as formas cabíveis.

Mendy Tal

Cientista Político e Ativista Comunitário

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