REALISMO E OTIMISMO – RABINO DOVI GOLDBERG

A verdade é que temos que ser otimistas e ter fé. Todos estes problemas vão terminar e vamos ficar bem, porém quando e como, somente Ele é que sabe. Nós temos que focar na nossa força, resiliência, coragem e desenvolver o nosso caráter para que um dia possamos olhar para trás e nos conscientizar o quanto ele mudou para melhor.

Perguntaram a James Stockdale, vice-almirante e piloto da marinha dos EUA que foi feito prisioneiro de guerra no Vietnã, como ele sobreviveu a 7 anos de cativeiro, isolamento e torturas. A resposta dele ficou conhecida por “O Paradoxo Stockdale”.

Segundo ele, havia dois tipos de prisioneiros de guerra. O primeiro grupo era composto dos muito otimistas, que acreditavam que certamente eles seriam libertados até as festas de Thanksgiving (Ação de Graças), o que não aconteceu. Então, eles disseram que até o ano novo eles seriam resgatados, porem isto também não aconteceu. Quando veio o Páscoa ficaram novamente decepcionados, e de decepção em decepção, eventualmente eles acabaram por perder toda a fé, o otimismo e a esperança, e entraram em desespero e foram esmagados pela realidade e eventualmente morreram de tristeza e depressão.

O outro tipo de prisioneiro era aquele que equilibrava otimismo com realismo. “Nós tínhamos fé em D’us e no nosso país. Sabíamos que eventualmente seríamos libertos e iríamos para casa. Só não sabíamos quando e como isto aconteceria. Tínhamos que enfrentar uma realidade terrível e perigosa, e perseverar com firmeza, resiliência e coragem.

Pois é, “O Paradoxo Stockdale” – equilibrar realismo e otimismo!

Este conceito é muito relevante nos dias de hoje. Quem poderia imaginar que nós estaríamos discutindo como comemorar Pessach?

A verdade é que temos que ser otimistas e ter fé. Todos estes problemas vão terminar e vamos ficar bem, porem quando e como, somente Ele é que sabe. Nós temos que focar na nossa força, resiliência, coragem e desenvolver o nosso caráter para que um dia possamos olhar para trás e nos conscientizar o quanto ele mudou para melhor.

Tem muito que podemos aprender nesse período, no que diz respeito à família, aos amigos e a nós mesmos.

Um abraço e Shalom.

Rabino Dovi Goldberg – Sinagoga do Morumbi – São Paulo

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