LABORATÓRIO NA UNIVERSIDADE DE HAIFA, EM ISRAEL, MAPEIA PAPEL DOS GENES NO MAL DE PARKINSON

Um alto índice de casos locais de origem genética do Mal de Parkinson faz de Israel o perfeito ‘laboratório’ para mapear esta doença neurológica que cresce a passos largos e afeta mais de 10 milhões de pessoas ao longo do mundo. O Parkinson é geralmente diagnosticado em pessoas com mais de 60 anos, em sua maioria homens. Seus sintomas clássicos incluem tremores, rigidez postural e movimentos lentos.

‘’Em Israel, entre os judeus de origem asquenaze, 37% dos casos de Parkinson acontecem por causa da genética’’, diz o expert Prof.Nir Giladi, chairman do Instituto Neurológico e Centro Médico de de Tel Aviv. E ele ainda afirma que 10% dos israelenses carregam mutações genéticas que aumentam as chances de que desenvolvam o Mal de Parkinson. ‘’Ter um parente com a doença triplica a chance de desenvolvê-la’’, completa Giladi, que tratou mais de 20.000 pacientes com esta condição ao longo de 30 anos.

Assim, cada vez mais instituições de ponta israelenses desenvolvem pesquisas em torno do assunto. Um dos maiores laboratórios do país, que fica na Universidade de Haifa, trouxe uma novidade que pode ser um novo e relevante marco no combate à doença. A equipe liderada por Shani Sterna, no setor de eletrofisiologia, desenvolveu a tecnologia de indução de células tronco pluripotentes. Elas foram usadas para criar células neuronais derivadas e não derivadas de pacientes portadores de Parkinson de origem genética e não genética. Observando essas células neuronais ao se desenvolverem e envelhecerem, o time de cientistas de Haifa buscou um traço comum nos diferentes casos de Parkinson assim como o papel dos genes nesse processo.

Nos pacientes com Mal de Parkinson, aglomerados de proteína alfa-sinucléina estão presentes no cérebro e no sistema nervoso autônomo, danificando a produção de células dopaminérgicas que governam o controle motor, entre outras funções. A perda de células dopaminérgicas eventualmente causa os clássicos sintomas da doença.

Esses aglomerados de proteína alfa-sinucleína podem ser disparados pelo envelhecimento, mutações genéticas, diabetes, hipertensão, toxinas ambientais como pesticidas ou mesmo por fatores como tabagismo, falta de exercícios, dieta e outros.

Assim, iniciativas como a dos cientistas da Universidade de Haifa, trazem nova luz a uma doença que afeta drasticamente a qualidade de vida de milhões de pessoas e confirmam que a expansão do universo científico e tecnológico de Israel é de grande valia para a saúde de toda a humanidade.

Sobre a Universidade de Haifa:

A Universidade de Haifa é a instituição mais pluralista do ensino superior em Israel. Com cerca de 18 mil alunos de diferentes nacionalidades, compõe seis faculdades: Direito, Ciências, Ciência Educativa, Humanidades, Educação e Bem-estar Social e Saúde. Tal pluralidade se dá através da missão de promover a excelência acadêmica em uma atmosfera de tolerância e multiculturalismo. A Escola Internacional da Universidade de Haifa oferece bolsas de estudo para estudantes internacionais e no nível do corpo docente para a maioria dos programas. Além de ser uma das mais avançadas tecnologicamente em sua área de especialização, a universidade que também possui destaque com grandes pesquisas nas áreas de: ciências marinhas, ciências ambientais, literatura, estudos da idade de ouro, desenvolvimento de convivência e diversidade – multicultural.

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