Mariza de Aizenstein, a polivalente VP de Relacionamento – por Glorinha Cohen

“Não sei fazer mais ou menos….eu AMO a Hebraica e me sinto responsável pelo sucesso dela, assim como de todos os 16 mil sócios que a compõe. Procuro encontrar uma rotina e estabelecer prioridades para poder atender a demanda da vida……saúde, família, trabalho, amigos e voluntariado”.

Única mulher a ocupar uma das quatro vice-presidências da gestão Rosenthal – a de Relacionamento –, a paulistana Mariza de Aizenstein, psicóloga que se encantou pelo marketing, tem sob sua égide algumas das áreas mais movimentadas da A Hebraica de São Paulo: de comunicação e marketing, jurídica, secretaria, atendimento ao sócio e a de locação de espaços para eventos.

E engana-se quem pensa que tanto trabalho consegue apagar seu constante sorriso, pois é isto que a torna ímpar entre muitos e nos dá a certeza de que é a pessoa talhada para ocupar tão importante cargo. Também é essa contagiante alegria uma prova inconteste de sua irrefreável paixão pelo voluntariado, by the way, herdada do seu pai, o saudoso Berel Aizenstein, grande incentivador de líderes da comunidade.

Mas, para tirá-la do sério, só mesmo muita grosseria, o que é quase impossível de acontecer em se tratando de alguém que, como ela, sempre consegue navegar de maneira serena e elegante pelo efervescente mar de um clube como a Hebraica.

Guerreira em se tratando de aceitar novos desafios que redundem em benefício dos associados, a mãe de Stephanie e Philip começou, ainda bem jovem, como voluntária no primeiro Departamento de Juventude da Hebraica, prestou trabalho em várias das nossas entidades e como assessora do então presidente Daniel Bialski foi a responsável pela revista do clube e quem gerenciou e supervisionou os conteúdos para as redes sociais, idealizando e implantando a bem sucedida plataforma Hebraica Nossa Casa, criada para trazer conteúdos relevantes ao público durante a pandemia da Covid.

Saiba mais nesta entrevista que nos foi especialmente concedida por Mariza ao completar metade da sua gestão como VP.


GC – Do que gosta e do que não gosta.

MA – Gosto de dar risada, e não gosto de mentira.

GC – O que a tira do sério?

MA – Grosseria.

GC – Conte um pouco de sua vida profissional.

MA – Estudei psicologia e depois me encantei com marketing.

GC- Quando começou no voluntariado e qual foi seu primeiro trabalho?

MA – Comecei como jovem voluntária no primeiro Departamento de Juventude na Hebraica, sob a direção, na época, de Claudio Lottenberg. Atuei sempre nas atividades da Hebraica, no Hebraikeinu.

GC – Teve influência de alguma pessoa?

MA – Meu pai. Sempre presente em minha vida pessoal e profissional, foi meu grande influenciador, preocupado em formar novos líderes para perpetuar o trabalho voluntário no ishuv.

GC – Quais mudanças percebeu em si mesma após dedicar-se ao trabalho voluntário?

MA – Percebi o quanto é importante que cada um de nós entregue-se, dedique-se à causa social. Seja ela qual for, nos traz trocas e ensinamentos.

GC – O que mais a encanta no trabalho voluntário?

MA – As pessoas. As amizades que nascem destas relações de trabalho.

GC – Teve algum que lhe proporcionou maior alegria?

MA – Uma satisfação enorme em retomar a montagem de cestas de Rosh Hashana e Pessach para carentes assistidos pela Unibes, envolvendo jovens neste projeto.

GC – Quais cargos já exerceu e onde?

MA – Voluntária na Hebraica, desde cedo, na diretoria da Fisesp, no Conselho do Einstein e nos Amigos da Universidade de Haifa.

GC – Agora você é a vice-presidente de várias áreas da Hebraica de SP, agrupadas que foram com a mudança dos Estatutos. Fale um pouco sobre este trabalho e quais áreas você comanda.

MA – Abaixo desta nova formatação de VP estão: área de comunicação e marketing; área jurídica; secretaria; atendimento ao sócio e locação de espaços para eventos. É uma máquina enorme. E conto com vários voluntários muito competentes, além de profissionais parceiros. Não se faz nada sozinha….São realmente parceiros queridos!

GC – Neste tempo todo como VP, quais projetos foram implantados e quais os que lhe deram maior satisfação?

MA – Mudar fisicamente a CENTRAL DE ATENDIMENTO para um local nobre do clube foi um passo muito bacana porque agradou muito os associados. Outro passo foi a organização da revista que está sob nosso “guarda-chuva“ trazendo um ritmo coeso com pontualidade nas entregas.

GC – Tanta dedicação ao clube não atrapalha sua vida pessoal e profissional? Como lida com isto?

MA – Eu sou uma pessoa bastante intensa. Não sei fazer mais ou menos….eu AMO a Hebraica e me sinto responsável pelo sucesso dela, assim como de todos os 16 mil sócios que a compõe. Procuro encontrar uma rotina e estabelecer prioridades para poder atender a demanda da vida……saúde, família, trabalho, amigos e voluntariado.

GC – Sendo a única mulher a ocupar uma das vice-presidências da gestão Rosenthal, encontra alguma dificuldade para exercer seu trabalho? Ou ser mulher, simpática, bonita e inteligente como você ajuda?

MA – Kkk…. Obrigada por seu elogio. A Hebraica está acostumada a ter mulheres em sua gestão. Importantíssimo, a meu ver, um olhar feminino sobre nosso clube.

GC – Gostaria de ressaltar alguma realização, tanto no campo profissional como no voluntário?

MA – É muito prazeroso poder fazer a minha parte aqui no Brasil para manter a nossa comunidade paulista unida na nossa Hebraica. Receber israelenses e mostrar o nosso mundo Hebraica é uma realização. Eu só posso agradecer por minha posição. Fiz amigos muito queridos e tive uma escola importantíssima dos meus queridos Avi Gelberg e Daniel Bialski e agora Fernando. É um frequente aprendizado. Mais uma vez…não se faz nada sozinha.

GC – Que conselho daria para quem está começando a trabalhar como voluntário?

MA – Seja paciente. Vá devagar. Observe… até entender e poder fazer acontecer.