IMPORTANTE: É PRECISO SABER

– Com a presença do governador Antônio Denarium, Roraima adere à definição de antissemitismo da IHRA

– Rafael Zimerman e Daniel Zukerman debatem com jovens à convite do #Pinforpeace

– As opiniões do presidente Lula não representam a opinião da maioria do povo brasileiro, destaca presidente da FISESP em Israel


Com a presença do governador Antônio Denarium, Roraima adere à definição de antissemitismo da IHRA

Iniciativa é a primeira de um estado do norte do País

Roraima aderiu nesta terça-feira (21/05) à definição de antissemitismo da IHRA (Aliança Internacional para Memória do Holocausto), tornando-se assim o primeiro estado do norte do Brasil a assinar o documento. Junto com a adesão, foi assinado um acordo de cooperação entre Israel e o estado de Roraima nas áreas de agricultura, ciência e tecnologia, recursos hídricos e segurança pública.

A decisão aconteceu por iniciativa da Embaixada de Israel, na pessoa do cônsul honorário Jaime Benchimol e reuniu o governador de Roraima, Antônio Denarium, o vice-governador Edmilson Damião, o Cônsul Honorário de Israel para os Estados do Amazonas, Roraima e Rondônia, Jaime Benchimol, o presidente do Comitê Israelita do Amazonas David Vidal Israel, a vice-presidente Anne Benchimol, os membros da comunidade judaica do Amazonas Daniel e Danielle Israel do Amaral, Sérgio e Gessika Band, Azury, Shai e Tânia Benzion, Abraham e Maurício Benzecry, Bárbara e Saulo Assayag Marques.

O evento foi organizado pelo diretor da PanAmazônia, Belisário Arce, e pelos empresários João e Antônia Oliva Pinto que inauguraram a filial da Porto Caminhões em Boa Vista com uma comitiva de 50 empresários amazonenses. Aproveitando a ocasião Jaime Benchimol proferiu uma palestra sobre o cenário atual da economia no Brasil e na Amazônia.

O documento de adesão não é normativo, nem constitui uma lei. Seu principal objetivo é incentivar e estimular a adoção da Definição de Trabalho de Antissemitismo da IRHA como um recurso educacional. Dessa forma, o estado fica autorizado, capacitado e orientado a utilizar essa definição para abordar e prevenir atividades relacionadas a preconceitos e discriminação, especialmente aquelas motivadas por antissemitismo. Isso contribui para a evolução em direção a uma legislação mais contundente para punir tais situações.

A Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA – sigla em inglês) é uma entidade presente em mais de 40 países com iniciativas para ampliar o conhecimento sobre o Holocausto, com o objetivo de prevenir que ocorram genocídios no futuro. Essas iniciativas ajudam pessoas em todo o mundo a lembrar, compreender a aprender sobre o Holocausto e o genocídio dos ciganos durante a Segunda Guerra Mundial.

Além de fortalecer o registro histórico, a IHRA aborda os desafios contemporâneos relacionados com o Holocausto e o genocídio dos ciganos. Um dos pontos fortes de sua atuação é o combate ao antissemitismo e ao discurso de ódio, em todos as suas formas, infelizmente enraizado em muitas sociedades e com potencial aumentado pelo contexto digital. A adesão de países, estados e cidades à definição de antissemitismo da IHRA, assim como de universidades, parlamentos e organizações da sociedade civil expressa o respectivo posicionamento contra provocações e discursos de ódio que afetam a comunidade judaica. Sua ampla adesão internacional – de 40 países, entre os quais sete na América Latina – tem permitido que organizações acompanhem e moderem de forma mais eficiente esse tema. Os Estados de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro já escolheram adotar essa definição como um parâmetro para educar e monitorar o antissemitismo.


Rafael Zimerman e Daniel Zukerman debatem com jovens à convite do #Pinforpeace

Daniel Zukerman e Rafael Zimerman

O Movimento #Pinforpeace, pela paz, contra o terrorismo e o antissemitismo, realizou um bate-papo reunindo cerca de 90 jovens com idades entre 14 e 17 anos, a maioria deles de fora da comunidade judaica, além de parte do grupo de Embaixadoras da CONIB.

Eles tiveram a oportunidade de escutar o depoimento de Rafael Zimerman, brasileiro sobrevivente dos ataques terroristas do grupo Hamas, em um bate papo conduzido por Daniel Zukerman que integra a equipe do programa Pânico e conseguiu abrir um espaço em sua atribulada agenda para participar do evento.

Rafael que estava no festa rave Universo Paralelo, juntamente com os brasileiros Ranani Glazer e Rafaela Treistman, contou detalhes sobre como começou o ataque do Hamas. Os três conseguiram se refugiar em um bunker, mas viveram momentos de terror quando o abrigo foi atacado com gás, tiros e granadas. Certo de que ia morrer, ele desmaiou e acordou com a maioria das pessoas mortas ao seu redor. Ao sair do bunker, se deparou com um cenário de horror.

Rafael e Rafaela foram resgatados por policiais e ele acabou sendo transferido de helicóptero para um hospital com estilhaços de granada por várias partes do corpo. Os dois escaparam vivos, mas Ranani não teve a mesma sorte. Das cerca de 40 pessoas que estavam no bunker, menos de dez saíram vivas.

Rafael Zimerman e Natalie Klein com as Embaixadoras da CONIB

Transformado após essa experiência, ele regressou ao Brasil depois de três semanas semanas e hoje sente que tem a missão de contar tudo o que viveu e de ajudar a combater o antissemitismo. “Temos que lutar pela paz e pelo bem. Tentaram me destruir e não conseguiram e essa é a grande resistência do nosso povo”, disse Rafael, que também respondeu as perguntas feitas pelos jovens.

Natalie Klein, uma das idealizadoras do PinForPeace aproveitou a ocasião para dar detalhes sobre o movimento e convidou os jovens a se informarem e se engajarem no combate ao antissemitismo. Criado após os ataques terroristas de 07 de outubro, o movimento convida as pessoas a postarem selfies em preto e branco com um pin, que traz uma estrela de Davi formada por laços, e a marcarem cinco amigos com a hashtag #pinforpeace. Há também a opção dos pins físicos, que são distribuídos gratuitamente, acompanhados de um texto manifesto.

Em menos de sete meses, a iniciativa, que já recebeu o apoio de diversas personalidades e conquistou 21 milhões de impressões com fotos compartilhadas em oito países, além do Brasil, espalhados pelos quatro continentes (Uruguai, Estados Unidos, Portugal, Suíça, França, Holanda, Hong Kong e Israel), além dos 30 mil pins físicos que já foram distribuídos.


As opiniões do presidente Lula não representam a opinião da maioria do povo brasileiro, destaca presidente da FISESP em Israel

Marcos Knobel, Amir Ohana e Ricardo Berkiensztat

Amir Ohana, líder da Knesset, o parlamento israelense, recebeu nesta quinta-feira, 23 de maio, a delegação de dirigentes comunitários brasileiros, que está em Israel em missão da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), liderada por seu presidente Marcos Knobel.

Knobel aproveitou a ocasião para reforçar o apoio do povo brasileiro ao Estado de Israel: “o povo brasileiro está com Israel. As opiniões do presidente Lula não representam a opinião da maioria dos brasileiros, que apoiam Israel em sua luta contra o Hamas”.

Logo após o encontro, Amir Ohana publicou em sua rede social X agradecendo a solidariedade e reafirmando o imperecível laço entre Israel e os judeus da diáspora. Durante a reunião com as lideranças brasileiras, Ohana afirmou ainda que o reconhecimento que alguns países europeus fizeram da Palestina, não ajuda em nada o futuro da região e acaba premiando o Hamas pós 7 de outubro.

Knobel também aproveitou a ocasião para reforçar o apoio da comunidade judaica a Israel . “O posicionamento da comunidade judaica é de total apoio a Israel, apoio a Israel na luta contra o Hamas, no combate ao antissemitismo, além do apoio irrestrito para o retorno imediato dos reféns”. Em diversas ocasiões o presidente Lula condenou a ofensiva israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza, inclusive gerou um grande desconforto na comunidade judaica ao comparar as ações de Israel em Gaza com o Holocausto.

Uma delegação reunindo 43 dirigentes comunitários brasileiros está em Israel, (de 19 a 26 de maio) em uma missão capitaneada por Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), A iniciativa tem como propósito prestar solidariedade à todos que foram impactados pelo atentado terrorista ocorrido em 07 de outubro, bem como analisar as relações entre Brasil e Israel, compartilhar aspectos da vibrante comunidade judaica de São Paulo, além da oportunidade para o grupo se atualizar sobre a dinâmica geopolítica da região.

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