UM LIBRIANO DE SUCESSO: MARC LÉVY  – POR JAYME VITA ROSO

Hoje em dia, o sexagenário Lévy é um homem de seu tempo, porque engajado em associações reconhecidas que tratam de causa animal, saúde pública, humanitária, proteção da imprensa e Palestina…

I

Nascido em 16 de outubro de 1961, numa pequena cidade, Boulogne-Billancourt, frequentou a Universidade Paris-Dauphine, tendo cursado gestão em informática, a partir de 18 anos.

Polivalente, com uma origem nada saliente, pois seu pai, Raymond Lévy, também escritor e resistente, conseguiu evadir-se de um trem que o levava para Dachau. Depois da guerra, trabalhou numa loja para retomar as edições de obras de arte de seu avô. É irmão de Lorraine Lévy, autora de peças de teatro, cenografia e empreendedora.

Hoje em dia, o sexagenário Lévy é um homem de seu tempo, porque engajado em associações reconhecidas que tratam de causa animal, saúde pública, humanitária, proteção da imprensa e Palestina…

II

Com seu cunhado, irmão de sua primeira esposa, estabeleceram um escritório de arquitetura de interiores, aos 29 anos.

De repente, em 2000, escreve Et si c’était vrai… (E se fosse verdade), mudando-se para Londres – aliás, lá onde eu assisti, casualmente, um dia de autógrafos numa pequena livraria, bastante modesta, conhecendo-o). Comprei o livro, no original da edição da Robert Laffont, como milhares de leitores em todo mundo. Notavelmente, fora traduzido em mais de 40 línguas, publicado em 32 países, tendo vendido mais de 5 milhões de cópias de exemplares, em todo o mundo.

E lembro a frase de Júlio César: “veni vidi vici” (vim, vi, venci). O seu sucesso estrondoso e facilmente conquistado.

E mais: o livro encantou Spielberg, que o adaptou e o produziu, repetindo o embalo vitorioso de Lévy.

III

Eu, durante anos, comprei os livros de Lévy, que foram escritos, em mais de duzentas páginas, saindo com uma regularidade espantosa. Confesso que me uni à crítica negativa pela repetição de alguns temas, melodramas, clichés e fórmulas reducionistas, que, em breve categorização, se diz “frases feitas”.

E confesso que, temendo sua recente conversão ao pacifismo (que manifestou publicamente em sua página no Facebook), a adesão à campanha de Anistia Internacional sobre Territórios Ocupados (Amnesty International das les territoires occupés), não o injuriei e nem joguei bílis contra ele.

Tais ocorrências, como ameaças de morte, aconteceram e, com a Anistia Internacional foram repelidas de pronto.


JAYME VITA ROSO – Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, é especialista em leis antitruste e consultor jurídico de fama internacional, ecologista reconhecido e premiado, “Professor Honorário” da Universidade Inca Garcilaso de La Vega de Lima, Peru e autor de vários livros jurídicos.  Saiba mais.